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Ubiratan Estivallet Teixeira

Cachoeira e mensalão: mera coincidência?

Onde está o crime? | 04.06.12 - 09:58

Muitos dias já se passaram da revelação pela Polícia Federal, das escutas telefônicas do suposto contraventor Carlos Cachoeira e seu grupo.
 
Muitas coisas chamam a atenção nessa investigação. A imprensa divulgou que nas escutas o nome do governador Marconi Perillo foi citado 270 vezes. Sendo ele governador é natural que seja citado, fosse governadora a Madre Tereza de Calcutá, ela teria sido citada, igualmente.  Mas, o que não vi é, dentre todas as citações, qual virou crime? Por falar em crime, outra coisa achei estranha: a Polícia Federal manteve sob escuta vários telefones do mesmo grupo de pessoas por quatro anos, o que determina a hora de acusar o investigado, ou, simplesmente, abandonar a investigação?
 
Por quatro anos a Polícia Federal sabia que Carlinhos Cachoeira era um contraventor, entretanto demorou quatro anos para divulgar o que ele era e que as pessoas de bem não deviam se relacionar com ele, socialmente ou comercialmente. Ao não divulgar que Carlinhos Cachoeira era um contraventor a própria Polícia deu a ele um atestado de idoneidade que hoje todos têm conhecimento, mas, na época só a Polícia Federal sabia e não divulgou, aí volta a pergunta, quem determina se essa investigação deve durar seis meses, um ano, dois anos, quatro anos com um cara delinquindo com o conhecimento da PF, do Ministério Público, do Juiz que autorizou a escuta telefônica? No meu entender tem muito mais gente precisando se explicar.
 
Após quatro anos, suspender a escuta, prender, formalizar a acusação, etc. Atende à conveniência de quem? À própria Polícia Federal? À justiça? Ao governo (Executivo)? Ou ao PT? Não é uma coincidência, após quatro anos, dar o desfecho da investigação num momento tão conveniente para o PT, cujo líder maior, Lula, ameaça destruir Marconi Perillo, achaca ministro do STF, ameaça deputados e senadores. A quem serve esse episódio todo? Ao Estado, que está a serviço da sociedade ou mais uma vez, o partido que está no poder se servira das instituições do governo.
 
O julgamento dos mensaleiros colocou a quadrilha em pânico. Lula e os cardeais do PT adotaram como estratégia alegar que o mensalão não existiu. Se a quadrilha for condenada é prova cabal que de fato existiu e o grande medo é que descubram que o verdadeiro chefe sempre foi o próprio Lula.
 
Ubiratan Estivallet Teixeira é administrador. 

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