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Gilvane Felipe

Secretaria é da sociedade e não do partido

'PPS quer aparelhar a Secult' | 15.03.13 - 16:09
Goiânia - Vivemos uma distorção em nosso processo democrático. O privado se sobrepõe ao público e os interesses da sociedade não são priorizados. Não compactuo com essa postura. Na minha opinião, o dever do ente público é servir à sociedade. Alguns entendem de outra forma. Acreditam que uma estrutura pública deve estar à disposição de interesses particulares. Como de um partido, por exemplo. São visões de mundo distintas. Eu não abro mão da minha. Infelizmente, a sociedade e o Governo têm acompanhado pelos jornais e redes sociais os ataques do Partido Popular Socialista (PPS) a mim, que estou à frente da Secretaria de Estado da Cultura (Secult Goiás) como secretário.

Foi uma amarga surpresa ver o partido ao qual sou filiado pedir a minha cabeça ao governador. Perder o apoio do partido que sempre ajudei a honrar foi um duro golpe. Existe a alegação de que o problema é pessoal, com minha pessoa. Não acho que isso seja verdade. O PPS quer aparelhar a Secretaria de Cultura somente com seus filiados visando as eleições de 2014. Não vou compactuar com isso. Não aceito que a cultura seja vista como cabide de empregos para fins partidários.

Nunca desrespeitei o estatuto do partido. Como membro responsável que sou, estou com todas as anuidades em dia. Uma pergunta à executiva do PPS: quantos membros cumprem com essa obrigação? Além de assumir o compromisso financeiro, gostaria de lembrar que meu nome não está e nunca esteve envolvido em nenhum escândalo de corrupção e falta de ética que são bandeiras nacionais do partido.

Fui candidato a prefeito de Goiânia em 2008 pelo partido, numa campanha que até hoje é reconhecida pela inovação e ousadia de projetos. Fui digno no trato com todos os militantes que me procuraram, sempre procurando o melhor e o caminho ético para o partido. Qual a justificativa de pedirem meu afastamento? Deixo com a executiva a resposta.

Se o partido tiver críticas à minha atuação e ao trabalho da minha equipe, estou aberto a ouvi-las. Aceito o debate democrático. Mas não concordo com mau uso da coisa pública. Não é fazendo chantagem ao governador Marconi Perillo que o PPS terá mais espaço no governo.

Tenho recebido diversas opiniões sobre minha gestão e o retorno tem sido gratificante. Segundo o presidente do Conselho Estadual de Cultura, Carlos Cripriano, estou “fazendo a melhor gestão que já houve à frente da Cultura no Estado de Goiás, tendo uma equipe que vibra e vive pela causa.” Isso me deixa confortável em seguir em frente no trabalho por aquilo que acredito. Outra prova disso é o prêmio que recebi da Contato Comunicação como “Político da Cultura de 2012”. São provas incontestes de que o trabalho está no caminho certo.

Esse reconhecimento não é fruto do acaso, e sim do trabalho. Elevamos a cultura para o primeiro escalão do governo, deixando de ser agência e a transformando em secretaria. Regulamentamos o Fundo Estadual de Cultura, o que garantirá em 2013 cerca de R$ 15 milhões para projetos apresentados pela sociedade. Vale lembrar que pela primeira vez na história de Goiás a cultura terá garantia de recursos assegurados em lei. Dobramos o valor da Lei Goyazes, de 5 para 10 milhões de reais. Nada é por acaso. Essa valorização de nossa gestão também não.

Como cidadão consciente, meu cargo de secretário não está à mercê de meus interesses partidários e manutenção do poder. Estou a serviço do governo Marconi Perillo, gestão que trabalha arduamente pelo desenvolvimento pleno de Goiás. A cultura merece uma equipe aguerrida e apaixonada pela área. Montamos esse time. Que tem filiados e não filiados ao PPS. E todos trabalham integralmente pela cultura goiana. Não são cabos eleitorais. Não estão aqui só por causa de uma carteirinha de partido. O que conseguirmos avançar aqui vai perdurar não apenas para nossa gestão, mas vai ficar para as futuras gerações, ajudando a construir uma nova história de Goiás.

O governador não merece o aparelhamento do Estado, não pode perder o foco de trabalho sendo incomodado por uma disputa mesquinha e sem argumentos. A cultura merece pessoas que, como eu e minha equipe, não tenham medo de arregaçar as mangas e trabalhar duro. Temos lutado pelo debate e ampla participação da sociedade. Tivemos coragem de romper com o ciclo da “panelinha”, com o atendimento de balcão, do “pires na mão” e “pão e circo”.

Estamos criando estruturas contínuas que dignificam a cultura. No governo Marconi Perillo, a cultura é vista como um dos eixos de desenvolvimento da sociedade. Sendo assim, a Secult Goiás não pode ser cabide de empregos partidários e base eleitoreira. A secretaria é lugar de trabalho sério, transparência e servidores competentes. Uma pena que parte do PPS não entende isso.

Gilvane Felipe é mestre em História pela Université de La Sobornne Paris (França), membro eleito diretório estadual do PPS e secretário de Estado da Cultura de Goiás

Comentários

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  • 25.03.2013 13:40 tiao Outro q escreveu.

    Nivaldo- Jornalzinho mas vc lê.Ne!

  • 23.03.2013 09:32 jean charles

    a Secretaria de Cultura melhorou muito nesta gestão. sinto falta de shows de rock e da revista do Fica. o paul mcartney tinha de ficar com a Secult, não com a Agetop.

  • 19.03.2013 15:47 Tião

    Entre na página do Estadão, senhor Gilvane, e acompanhe qual é o estado em que há o maior número de comissionados do Brasil. Sim, é Goiás. Portanto, a única cultura apoiada por Perillo em Goiás é o aparelhamento do estado, em troca de apoio político. Seu governador nunca ligou para cultura, é um caipira que nunca estudou na vida. E você está revoltadinho apenas para não quer perder a sinecura.

  • 17.03.2013 17:51 Marcos Fayad

    Ora ora, seu japó! Quem não te conhece que te compre. Já passei da fase de acreditar em quem sabe juntar palavras tentando se equilibrar na corda bamba ... Agora conta outra, vai! Quem sabe seu "talento" seja contar piadas!? Pelo que li, vc tá mais deslumbradinho consigo mesmo do que nunca, hein!? Isso tem cura, não, é da área do caráter...não muda nunca.

  • 16.03.2013 16:40 Niraldo

    Vendo o Secretário falar assim e com toda sua história de militância política (PC do B, PSB - aliás, onde também colecionou dissabores que corroboraram com sua saída destes partido)me veio uma dúvida: Será ele tão ingênuo assim ou é tão cínico ao ponto de querer enganar a sí mesmo e os expectadores externos, de que não compreende o processo político. Será que não sabe que ele não é add eternum? Que está secretário? Francamente... Voce acredita nestas besteiras que escreveu nesse jornalzinho 24hs?

  • 16.03.2013 14:19 Tico Brahe

    "Tivemos coragem de romper com o ciclo da 'panelinha', com o atendimento de balcão, do 'pires na mão' e 'pão e circo'. No governo Marconi Perillo, a cultura é vista como um dos eixos de desenvolvimento da sociedade." pffff HUAHAHUAUAUHAUHAUHAHUA

  • 16.03.2013 12:17 Luciano de Castro Carneiro

    Gilvane Felipe sempre esteve ao lado da Etica e Competencia nos seus cargos, e eu como membro do PPS sou a favor da continuidade dele a frente da Cultura.

  • 15.03.2013 19:30 g

    oferece logo uma vaga de colunista pro Gilvane, rapeize. fica menos feio do que dar a palavra a ele e não a outros da cultura o tempo todo. tem sua razão de ser o texto, até bastante interessante, mas por que isso de SECULT 24hs no jornal?

  • 15.03.2013 18:40 eduardo rebelo

    Será o secretário, com mestrado na França, tão ingênuo assim?

  • 15.03.2013 17:19 Daise Rodrigues

    Não sei qual é pior: Aparelhamento partidário oi do arém com dinheiro público. Né senhor Secretário: Que empregou ex-namorada; atual namorada, cunhado, etc... Quer mais?

  • 15.03.2013 16:54 Ralph Rangel

    Sou mais o Gilvane Felipe.

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