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Cristina Lopes Afonso

Prostituta também é gente

Elas não têm respaldo do Estado | 04.02.14 - 09:34

 
Goiânia - A prostituição existe. As prostitutas existem. A profissão mais antiga do mundo é uma realidade desde que o mundo é mundo e sexo pago faz parte do jogo. Alguém paga e alguém oferece o serviço. Não é ilegal. Não é contra a lei brasileira. Contra a lei é induzir, facilitar e atrair pessoas para a prostituição. Manter locais destinados a prostituição e se beneficiar financeiramente com favores sexuais de terceiros é crime de exploração sexual.
 
Mas ainda que não exista ilegalidade na prostituição, elas não têm respaldo algum do Estado, não tem profissão regulamentada ou carteira assinada. São cidadãs de segunda classe. São pessoas que saem para trabalhar sem nenhuma garantia de que voltarão para as suas casas.
 
Sim, porque prostituta também tem casa, tem família, muitas têm marido e filhos. São tão gente quanto você ou eu, embora a maioria das pessoas prefira pensar que não.
 
Há uma semana, as prostitutas  que trabalham nas proximidades da região do Dergo denunciaram o tratamento que recebem da polícia e a violência que são submetidas diariamente, fisicamente e psicologicamente.
 
Essas mulheres pediram investigação, mas é importante ressaltar que também serão investigadas.Tráfico e abuso de drogas é uma realidade de muitas delas. Ser prostituta não é crime, mas usar e comercializar drogas sim.
Um caminho para que a atividade – lícita – da prostituição não se confunda com atividades criminosas como o tráfico de drogas seria a regulamentação da prestação de serviços sexuais.
 
Em países como a Holanda, a regulamentação foi aplicada com bons resultados. Porque afinal o que as prostitutas pedem é respeito. E o direito de serem tratadas como cidadãs.

Cristina Lopes Afonso é vereadora pelo PSDB e Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania

Comentários

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  • 13.04.2014 09:48 João ávila martins

    A criminalização do sexo pago é um daqueles resquicios do autoritarismo que vigorou no Brasil por séculos. Numa democracia não faz sentido algum criminalizar pessoas por optarem pelo sexo pago. Até algum tempo atrás a expressão da homo afetividade também era criminalizada, hoje nao é mais. O sexo pago assim como a expressão da homo afetividade está incluindo naquilo que se define como liberdade de expresão (de comportamentos, de ideias, de crenças, etc) (cláusula pétria). Criminalizar o sexo pago viola um principio constitucional.

  • 13.04.2014 09:45 João Martins Pinto

    A criminalização do sexo pago é um daqueles resquicios do autoritarismo que vigorou no Brasil por séculos. Numa democracia não faz sentido algum criminalizar pessoas por optarem pelo sexo pago. Até algum tempo atrás, a expressão da homo afetividade também era criminalizada, hoje nao é mais. O sexo pago assim como a expressão da homo afetividade está incluindo naquilo que se define como liberdade de expresão (de comportamentos, de ideias, de crenças, etc) (cláusula pétria). Criminalizar o sexo pago viola um principio constitucional.

  • 04.02.2014 20:31 JoSé Humberto

    regulamentar a prestação de serviços sexuais? era só o que faltava.

  • 04.02.2014 13:37 Leo Moraes

    Gente elas são e merecem todo o respeito, mas o que os políticos e vc tem feito p/ tirar essas pessoas dessa condição????? Oportunidades de emprego, capacitação, profissionalização. isso sim é transformar em gente com dignidade e respeito.

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