Goiânia - E então você se pega avaliando em qual candidato votar. As possibilidades para este ano são
tantas: de um lado, você tem deputados e senadores para a proposição e aprovação de leis que amparem as reivindicações e anseios do povo; do outro, governadores e um presidente que buscarão exercer as funções do Executivo e cumprir em definitivo o que estabelece os rumos para uma sociedade melhor.
Em meio a isso, tantas propostas, fundadas e infundadas, coerentes ou fantasiosas, que nós, eleitores, nos vemos reféns ao curto espaço de um horário político maquiado na TV e no rádio ou convidados a analisar de fato as propostas em ambientes melhor elaborados, em meios como a internet.
A internet, por sinal, meio que tem a inovação por excelência é o convite e a prova de que a inovação para os problemas brasileiros deve partir de propostas que busquem concretizar novas políticas para a ciência, a tecnologia e a educação.
Não é uma visão fácil e simplista, mas determinante, uma vez que a saúde, a segurança e a qualidade de vida – que hoje são carros-chefe da maioria dos programas de governo – estarão assegurados para aqueles que têm uma estrutura educacional adequada, um país soberano em novas fontes de energia, advindas de pesquisa no setor, e eficaz na aplicação do bem-estar geral da sua população, com um meio ambiente limpo, alimentos saudáveis e acesso a políticas que tratem a fundo temas como prevenção de doenças ao invés de tratamento dos males já instaurados. E só o incentivo a busca por soluções novas e a construção de saberes podem tratar bem aos anseios de mudança.
Não digo apenas em relação aos discursos mais exaltados da boca pra fora. Mas saibamos analisar e escolher representantes que tenham um histórico no campo da inovação e do trabalho para a ciência. O Brasil precisa de pessoas com capacidade técnica para a orientação daquilo que vai ser o nosso futuro e dos nossos filhos. E a ciência é um ponto de partida para isso, como bem já provaram os melhores países em qualidade de vida, como a Suécia, o Canadá e tantos outros que são potências tecnológicas.
Se hoje nossa urna eletrônica é modelo de referência em tecnologia para outros países, que os votos depositados nela também façam jus e sejam referência para estudiosos e pesquisadores estarem junto ao poder. Só assim veremos uma comunidade científica e tecnológica que nos represente, para que nossos filhos, independentes de origem popular ou não, sejam mestres, doutores e transformadores da realidade do nosso País.
*Renan Rigo é jornalista.