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Helena Arruda

Goiânia Noise: praticamente impecável

Estudante analisa a sexta do festival | 03.12.11 - 20:03 Goiânia Noise: praticamente impecável (Foto: Marina Marques)

O primeiro dia do 17º Goiânia Noise (2/12) começou pontualmente às 18h, algo inédito. Devo dizer que, em geral, o evento superou minhas expectativas: não acreditava que o Sol Music Hall fosse um local bom, e nem que as bandas seriam tão boas. A organização também não cometeu nenhum deslize que eu percebesse.

Sobre o local, os shows se revezavam de trinta em trinta minutos entre dois palcos, um de frente ao outro. O lugar é bem amplo e também há um espaço onde o som dos shows não é tão alto. O evento tem várias opções de comida (vai desde comida oriental, passando pelo típico hot dog até tapioca). Nesse mesmo local, há o Estúdio Petrobras, onde se pode juntar os amigos e formar uma banda instantâneamente. O Sol Music Hall não estava tão quente como o Martim Cererê, nem tão frio como sempre fica no mês de Julho, o que fez o festival ter uma temperatura perfeita.

Os shows não decepcionaram, na verdade, as bandas se mostraram melhores ao vivo. No começo da noite, os grupos tinham um público pequeno mas, com o tempo, cada vez mais pessoas chegavam e, no show do Raimundos, a multidão lotava o local de palco a palco. Mesmo em apresentações de bandas menos conhecidas, como Space Truck e BigBang, o espaço em frente ao palco era concorrido.

Além de BellRays e Raimundos, quem ganhou a simpatia do público foi a banda Firefriend, que faz um som com liberdade, mas não gosta de ser tachada nem de shoegaze, nem de progressivo. Também os surfistas paulistas Peixoto e Maxado, que trouxeram para Goiânia um estilo cada vez mais raro por aqui: o ska. Fizeram os mais animados dançarem ao som da mistura de ska e soul. O show do BigBang, a banda norueguesa, foi muito concorrido mas parado, porque era um tipo de música boa, mas não tão pesada quanto as das outras, era bem rock'n'roll. Os Haxixins, com um visual bem setentista e letras que todos adoram, fizeram a plateia viajar por outros mundos.

Algumas bandas que se apresentaram mais cedo e também são mais novas mostraram que o rock goiano não diminuiu sua qualidade, pelo contrário, prometem muito rock. Uma delas foi Black Queen, com proposta setentista mas uma pegada moderna por fazer música pesada, são uma banda bem nova também e ficaram em 3º lugar no Monstreonato, o concurso em que bandas novas competiram para gravar um CD com a Monstro. Quem ficou no primeiro lugar nesse concurso que aconteceu em Outubro foi o trio Rogério, Rodrigo e Felipe, do Space Truck, que também se apresentou no Goiânia Noise ontem. E, ao assistir o show dessas duas bandas, entendi porque elas ganharam. Space Truck também tem proposta setentista e o vocalista conseguiu contagiar as pessoas com sua animação.

Foram poucas as bandas que não conquistaram quem foi para o Goiânia Noise na sexta e várias outras prometem ótimos shows para este sábado à noite, como Claustrofobia, Gerson King Combo, Violins, Brollies and Apples, Siba, entre outras menores. A organização, como disse antes, foi praticamente impecável. Quem não foi ontem, vale a pena ir hoje, tanto para assistir aos shows quanto para conhecer Gil Brother, o comediante que vem especialmente para apresentar o festival.

*Helena Arruda é estudante do Ensino Médio.


Comentários

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  • 08.12.2011 08:34 Maurício Zaccariotti

    Impecável, também, é este seu segundo artigo. Parabéns e continue. Abraços , do Maurício.

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