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Soraya Sebba Chater

Punição ao padre ou aos fiéis?

Não podemos nos calar | 06.12.11 - 20:24


É ruim para a Igreja que as principais manchetes em relação à religião tratem de padres pedófilos e que muitos deles ainda se mantenham firmes em suas funções, sem punição. Mas para não deixar esse texto longo, vamos deixar de lado tantos escândalos que têm abalado as estruturas da Igreja e vamos nos ater somente a nossa situação atual.

Infelizmente, sabemos muito bem que a Igreja, corpo vivo de Jesus Cristo, é verdadeira e infalível, mas também sabemos que a hierarquia da Igreja é santa e pecadora!

Não podemos nos calar e nem esmorecer diante daquilo que julgamos injustiças praticadas pelos dirigentes da hierarquia da Igreja até porque há nela, também, religiosos de ilibada idoneidade moral e religiosa e que não têm poder nem voz para protestar contra esse status-quo reinante no seio da Igreja católica.

Sei bem que a Igreja não vê com bons olhos a projeção individual de algum religioso na sua comunidade. O amor dos fiéis ao mesmo e sua popularidade diante da comunidade incomoda as autoridades e a atitude comumente tomada costuma ser seu afastamento da população. Mas a quem satisfaz afastar o padre Luiz Augusto dos milhares de fiéis da Comunidade Atos se ele é um sacerdote que vive em constante doação ao próximo? Qual é a real missão da Igreja?

Infelizmente a inveja, os ciúmes, as tramoias de bastidores não são privilégio da sociedade civil e dos leigos. Ela está presente no seio da Igreja e nos dias atuais, corrói essa estrutura. Num esclarecimento nada convincente, foi sugerido que o afastamento do padre se dava para uma “correção de postura”. No entanto, o tempo se passa, a “postura” foi corrigida e ele ainda continua sendo punido. Se a Arquidiocese ainda tem algo mais a ser corrigido, chame os fiéis da Comunidade Atos e corrijam rápido, pois muita gente depende das ações da comunidade até pra comer.

Alguém, por acaso, se prontificou a ajudar as centenas de famílias carentes do lixão de Aparecida de Goiânia, cadastradas e ajudadas pela Comunidade Atos? Por que punir milhares de famílias que se sentem órfãs de seu pai espiritual? Até quando os fiéis da Comunidade Atos da Arquidiocese de Goiânia continuarão sendo punidos sem as missas a que assistiam? É direito de todo cidadão católico escolher a sua paróquia para assistir às santas missas e doar o seu dinheiro. E nós escolhemos a Comunidade Atos onde pretendemos ficar. Ninguém em sã consciência vai doar seu dinheiro para financiar apartamentos de luxo ou relógios de ouro ou mesmo merecidas férias.

Queremos nosso dinheiro empregado nas obras sociais, nas cestas básicas, nos cobertores para as famílias carentes. É para essa finalidade que centenas de famílias, ricas em generosidade e solidariedade, doam seu dinheiro e seu trabalho sob o comando do Padre Luiz Augusto. Tudo é muito transparente, pois vimos as obras crescerem e se frutificarem na certeza de um trabalho sério e bem executado.

O povo tem o direito de pedir, sofrer, clamar. O povo tem o direito de ser ouvido e principalmente respeitado. O assunto em questão não é um jogo de futebol onde há torcedores e vencedores, no entanto, aqueles que por alguma razão não simpatizam com a pessoa do padre, se sentem no direito de ofender, agredir verbalmente e até caluniar aqueles que o admiram e o defendem contra as maldades dos homens. Estamos sendo tratados como “aquele povo do padre Luiz”, “povinho sem sabedoria”, “as mariolas ricas e mimadas do padreco”. A Igreja deve ser no mínimo imparcial, coerente, justa e sem divisão. A Igreja precisa crescer na coerência entre o que prega para fora e o que pratica dentro dela mesmo.


Soraya Porto Sebba Chater
,
cirurgiã-dentista
Junto com outros profissionais de saúde, há muito somos voluntários nos programas sociais de saúde pública da Atos Saúde, tema da atual Campanha da Fraternidade. Por que dividir se podemos somar?


Comentários

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  • 09.12.2011 07:51 Regina

    Nao podemos mesmo nos calar. Vivo no século XXI e nao mais existe Inquisição . Temos o direito de ir e vir. E quem nao tem pecado que atire a primeira pedra.

  • 08.12.2011 08:50 ROSA GALVÃO

    Parabéns, Soraya!!! Sábias e coerentes suas palavras. Continue sendo esse canal de defesa de todos que admiram o trabalho do padre Luiz Augusto... que Deus a ilumine sempre!

  • 07.12.2011 04:58 Antonio Carlos de Souza

    Inicialmente, quero dizer que admiro o Padre Luiz Augusto e que as celebrações presididas por ele alcançam muito os nossos corações e de nossas famílias. É questão de CARISMA. Acompanho as manifestações e percebo que em muitos comentários há exageros e também muito desrespeito aos nossos Bispos e ao Padre, como também percebo grande manifestação de amor a Igreja e ao povo que tem sofrido muito. Os ditos "seguidores do padre" são condenados de antemão porque questionam não a transferencia, mas a PERSEGUIÇÂO, o CIÙME e sobretudo, o DESAMOR com que é tratado o Padre pelos seus superiores. (Um pai não trata o filho assim) No perfil da Arquidiocese, percebe-se a injustiça, porque nele se mantem comentarios ofensivos e desrespeitosos a pessoa do Padre Luiz. Quero ressaltar também os comentários do nosso irmão Rosembergue Marra, ameaçando mostrar para o povo quem é o Padre Luiz, ou seja, pelas suas palavras, o Padre não vale nada. que Cristão é ele, então? Conhece o Padre? Como? Por favor, chega de hipocrisia, de colocar os "seguidores do Padre" como malfeitores e sem formação. Lutemos pela Evangelização, que é questão também de Carisma, porque garra e amor pelo Evangelho poucos tem como o PADRE LUIZ AUGUSTO. Pensem nisso.

  • 06.12.2011 10:56 Ana Paula

    Belo texto!Parabéns!

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