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Santana Gomes

E a Chapecoense como consumidora?

| 11.12.16 - 14:58   
Goiânia -
A cada dia que passa a tragédia com o vôo da Chapecoense, que vitimou 71 pessoas teve quatro brasileiros sobreviventes, recebe mais capítulos. A maioria desses capítulos referem-se ao piloto Miguel Quiroga e novos dados sobre uma possível irresponsabilidade do mesmo.
 
Os questionamentos passam, principalmente, pela polêmica do plano de voo, que foi submetido a uma aprovação contendo o horário de voo (4h22min) e o tempo de combustível (exatamente 4h22min) com um trajeto de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, para Medellín, na Colômbia.
 
O que se discute hoje é a responsabilidade de cada um nesse plano de voo. Do piloto, por tê-lo feito, do despachante, por dar sequência, e da funcionária da aviação boliviana, que o aprovou. Isso tudo parece ignorar o fator mais importante da relação clientes/empresa: os clientes.
 
A Chapecoense fretou o voo para jogar a final de uma competição internacional e não imaginava que a irresponsabilidade dos contratados culminaria na maior tragédia da aviação envolvendo equipes brasileiras de futebol. Até que ponto nós como consumidores temos nossos direitos assegurados? Dificilmente alguém dentro da delegação da Chapecoense saberia sobre planos de voo e julgar se o deles estaria correto ou não.
 
E isso vale para outros aspectos do nosso mercado também, como problemas no carro, por exemplo, quando somos cobrados e não temos conhecimento sobre os itens que foram mencionados no serviço de reparação. Isso tudo é conhecimento técnico sobre cada área e confiar na competência e honestidade do fornecedor seria o ideal, não fossem acontecimentos como o anunciado acima, que nos deixam com o pé atrás.
 
Para nos assegurar que estamos recebendo pelo que estamos pagando, e mais, que o serviço está sendo feito da maneira correta, existem órgãos aos quais recorrer, do judiciário ao Procon. Um dos principais é a própria Assembleia Legislativa de Goiás, que dentro das suas atribuições conta com a Comissão do Direito do Consumidor, que trabalha diuturnamente para que nós, como consumidores, tenhamos amparo para evitar lesões. Com a sensibilidade voltada ao consumidor a comissão busca sempre propor leis que assegurem o cumprimento das entregas por parte das empresas, evitando assim que a utilização de má fé ganhe espaço perante nosso comércio.
 
O principal aspecto para qualquer empresa são seus clientes e parece que a insatisfação dos clientes não é o suficiente para que algumas empresas trabalhem de forma correta.
 
Com leis firmes e o correto julgamento, cada vez menos teremos problemas de descumprimento e consequente insatisfação dos consumidores.
 


*Deputado Santana Gomes
é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor

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