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Luiz Gonzaga Bertelli

Crise nas universidades

| 22.12.16 - 18:44 A cada divulgação de pesquisas internacionais voltadas à educação, a constatação é a mesma: a qualidade de educação no Brasil é insatisfatória e precisa melhorar muito. Foi o que se viu no último resultado do Pisa, divulgado no início do mês – desempenhos pífios dos estudantes em ciências, leitura e matemática. Em outro ranking publicado em dezembro, o da revista britânica Times Higher Education, o resultado mostra queda na avaliação das universidades e, pela primeira vez, desde 2013, o Brasil deixou de aparecer em uma das 10 primeiras posições entre as instituições educacionais com mais prestígio entre os países emergentes.
 
A Universidade de São Paulo (USP) que aparecia com destaque nos levantamentos anteriores caiu da 9ª para a 13ª posição entre os emergentes. A segunda melhor universidade brasileira, segundo o ranking, é a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que caiu da 24ª posição para 28ª. A queda mais acentuada é da Universidade Estadual Paulista (Unesp) da 122ª para a 169ª posição. No cômputo geral, a USP está classificada no bloco de 200ª a 250ª colocação. A China domina o ranking dos emergentes, com seis universidades entre as dez primeiras.
 
As universidades públicas vivem uma grave crise financeira. Entre as universidades do estado de São Paulo (USP, Unicamp e Unesp), os recursos  que vêm do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), com cota fixa de 9,57%, diminuíram em função da queda da arrecadação. É uma situação inversamente proporcional à das instituições chinesas, que contam com o  investimento maciço do governo.
 
O levantamento demonstra que a educação não só não consegue se recuperar de um histórico de baixa qualidade que mantém há muitos anos, mas continua em processo de regressão, o que sugere uma situação extremamente grave. Todos sabem da importância de um ensino de qualidade para o desenvolvimento profissional dos jovens e esse gap que enfrentamos alimenta as disfunções socioeconômicas que o país ainda apresenta, comprometendo o crescimento.
 
O CIEE, com 52 anos de atuação na inserção de jovens no mercado de trabalho, acredita que os programas de estágio e de aprendizagem são mecanismos importantes para melhorar a qualificação dos jovens para o mundo do trabalho, diminuindo assim o impacto causado pela deficiência na formação dos estudantes.
 


*Luiz Gonzaga Bertelli é presidente do Conselho de Administração do CIEE, do Conselho Diretor do CIEE Nacional e da Academia Paulista de História (APH)


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