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Fabiany Lima

Um mês de férias não é um mês só de bagunça

| 13.07.17 - 19:24
 
Goiânia - Férias! Acredito que essa seja uma das palavras que mais causa alegria nos filhos e um leve desespero nos pais. Programações pela cidade não faltam, mas a vida dos adultos muitas vezes não para quando as crianças ganham seu precioso período de descanso. A mistura da vontade de passar mais tempo com eles e a falta de tempo e ideias para os deixar entretidos deixa muitos pais e mães aflitos. Como fazer para que as férias se tornem prazerosas para todos? 
 
As crianças tiram folga de suas obrigações de estudante e a dinâmica funciona, basicamente, como a de um adulto de férias: preguiça para obrigações, tempo de sobra para atividades demoradas, como zerar um jogo, “maratonar” desenhos ou montar algo que leva muito tempo. Lembro das minhas experiências pessoais de poder ver o que passava à tarde na TV ou como era a atmosfera da minha casa quando eu estava lá, era uma época mágica de certa forma. 
 
Se com a rotina dos dias de aula é difícil seguir os horários, com as crianças em casa isso pode se dificultar mais. Não há obrigação de colocar o uniforme ou de dormir na hora certa, mas os pais não podem deixar seus cronogramas de lado. O que sugiro é que sejam estabelecidas regras, mas não rígidas. Difícil de entender? Explico. 
 
A primeira coisa que deve ser feita, caso os pais não estejam de férias, é explicar que esse é o período de descanso da criança, mas não da casa inteira. Ela vai ter mais horas para fazer o que gosta, mas certas coisas não vão mudar. O papai e a mamãe ainda vão trabalhar, o pet ainda tem seus horários certos, o almoço, o jantar, etc. O tempo dos eletrônicos pode ser maior, mas sem exageros. Orientar também que ela observe que a louça não se lava sozinha, ou que o lixo não é retirado automaticamente pode ser interessante. Não falo de aumentar a carga de obrigações domésticas dos pequenos, mas fazer com que eles se inteirem aos poucos na logística da casa. 
 
Não podemos esquecer, até pela nossa própria experiência, que o ócio da criança é fundamental para seu desenvolvimento. Quantas ideias não tivemos na infância, por mais que malucas, apenas ao pensar e refletir sobre as coisas? Enche-las de atividades nas férias pode resultar em um stress maior do que quando há obrigações definidas. 
Por fim, deixe que elas pensem, criem, imaginem, isso é saudável. São 30 dias onde não se aprende no ramo acadêmico, mas na vida no geral. Para mim, aproveitar isso ao máximo é a dica principal para que tudo não se torne uma verdadeira bagunça e se torne também um aprendizado para ambos os lados.
 
*Fabiany Lima é fundadora do Timokids, aplicativo multilíngue de educação que ajuda pais e professores, por meio de histórias e jogos, a conversar com as crianças sobre questões importantes que devem enfrentar durante o crescimento.

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