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Marcelo Camorim

Jovens assumem o comando

| 23.08.17 - 18:50

Goiânia - Grande domínio das novas tecnologias, criatividade, proatividade e objetividade. Essas são características altamente valorizadas pelas empresas atualmente. São também típicas qualidades dos jovens de hoje, que mesmo com pouca idade, já chegam ao mercado de trabalho em posições estratégicas, de comando inclusive.
 
Profissionais dessa nova geração chegam às corporações em busca de mais liberdade e autonomia. São pessoas que querem ser ouvidas, que estão sempre conectadas entre o que fazem e o mundo, que se envolvem em causas sociais e estão abertas a propostas desafiadoras.
 
Os jovens de hoje, também chamados de geração y, têm uma visão de mundo bem diferente das pessoas que estão próximas dos 40 anos ou que passaram dessa idade. Eles, em sua grande maioria, têm um preparo técnico melhor, especialmente no que tange ao domínio de novas tecnologias. Esses jovens estão adaptados a esse ritmo vertiginoso de mudanças que o mundo vive atualmente, tanto que buscam o crescimento na carreira de uma forma rápida e agressiva. 
 
Diferente de profissionais mais experientes,  eles não querem ficar anos numa empresa. Essa inquietude, inclusive, é uma qualidade muito requisitada no atual mercado de trabalho. As corporações não querem saber mais daquele funcionário padrão, que simplesmente cumpre o seu horário e faz o seu serviço exatamente do jeito que lhe foi orientado. Elas querem pessoas criativas que reinventem os processos, que tragam novas metodologias, tenham senso crítico, que sejam propositivas, que fujam de toda e qualquer acomodação. Essas características são constantemente buscadas nos processos seletivos das mais variadas empresas e a chamada geração y as tem de sobra. 
 
Outras qualidades apontadas como típicas dessa nova geração são a assertividade e objetividade. O fato de serem tecnicamente melhor preparados e de buscarem uma ascensão profissional mais rápida, faz com que esses jovens cheguem ao mercado de trabalho buscando resultados rápidos e ambiciosos.
 
Porém, é preciso ponderar  que essa nova geração precisa melhorar em alguns valores morais e comportamentais que são mais típicos das gerações anteriores. A lealdade e comprometimento são valores que infelizmente são pouco cultivados pelos jovens de hoje. Atualmente, é difícil encontrar um jovem profissional que se permita ficar mais de três anos numa empresa. 
 
A impulsividade e agressividade em se buscar um rápido crescimento na carreira fazem com que os jovens de hoje não se comprometam com metas a médio e longo prazo, que percam facilmente a empolgação com um determinado projeto e partam tão logo identifiquem uma  oportunidade que avaliam ser melhor. Diferente de quem está próximo ou que passou dos 40, que costuma vestir a camisa, ser mais leal e estar preparado para qualquer batalha, não fugindo diante de qualquer obstáculo.
 
O mercado também está em busca de profissionais com uma formação holística, ampla, mesmo que se tenha uma especialização. Pelo fácil acesso à informações que se tem hoje, essa nova geração já faz isso até de forma natural. Mas é importante que o jovem tenha uma vivência profissional e pessoal diversificada, acompanhe outros assuntos, que não só os da sua área profissional, busque bagagem cultural, seja acompanhando o noticiário político e econômico ou numa experiência de se morar fora do País, e leve isso para sua carreira profissional. 




*Marcelo Camorim é consultor empresarial, especialista em governança corporativa.

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