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Guilherme Bizinoto

Assistência técnica: insumo da agropecuária

| 13.09.17 - 10:30
Goiânia - A agropecuária brasileira ocupa posição de destaque no cenário internacional. Atualmente somos o maior exportador de carne bovina, o segundo maior produtor e o primeiro em exportação de soja. Na atividade leiteira, o Brasil é o quinto maior produtor mundial. Mesmo diante desse cenário de destaque, ainda estamos muito aquém do nosso potencial, em se tratando de produtividade e rentabilidade de algumas atividades produtivas, principalmente as atividades pecuárias. Vários são os fatores que interferem no sucesso do negócio, mas, sem dúvida, a falta de uma assistência técnica continuada, que auxilie os produtores na tomada de decisão, é o principal gargalo das propriedades rurais sem eficiência. 
 
Segundo o último Censo Agropecuário de 2006, somente 9,32% dos produtores rurais brasileiros recebem assistência técnica regularmente. O diagnóstico da cadeia produtiva do leite de Goiás, realizado pela Faeg em 2009, demonstrou um cenário parecido, em que somente 17% dos produtores de Leite de Goiás recebiam um técnico de campo constantemente em suas propriedades. Apesar dos estudos terem sido conduzidos há mais de cinco anos, com certeza o cenário de 2017 continua parecido, já que não houve políticas públicas significativas para solução desse grave problema.
 
Quando se compara produtores assistidos por um técnico de campo com produtores não assessorados, a diferença do desempenho produtivo e, principalmente, do econômico é grande. Um exemplo é a produtividade por área. A média de produtividade de leite brasileira é 1.500 litros por hectare ano. Produtores assistidos pelo Programa Senar Mais, que é um programa de assistência técnica e gerencial do Senar Goiás, alcançam produtividades de 15 mil litros por hectare ano sem utilização da tecnologia de irrigação de pastagens. Esses dados nos mostram que, implementações tecnológicas orientadas e acompanhadas por técnicos especialistas em suas áreas transformam a realidade das propriedades.
 
Os produtores goianos podem participar do Programa Senar Mais, sendo necessário apenas procurar o sindicato mais próximo para obter mais informações. O programa atua em sete cadeias produtivas, que são Apicultura, Fruticultura, Horticultura, Ovinocaprinocultura, Pecuária de Corte, Pecuária de Leite e Piscicultura. Com a assistência técnica, mudanças são proporcionadas nas propriedades rurais, melhorando o desenvolvimento das atividades, retorno de produção e produtividade. É o caminho para ampliar resultados no campo. 
 



*Guilherme Bizinoto é gerente de Assistência Técnica e Gerencial do Senar Goiás
 

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