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Pedro Alves de Oliveira

O futuro se planeja no presente

| 03.10.17 - 17:21
A inauguração do Sistema Produtor Mauro Borges comprova a importância da visão estratégica na gestão pública. Há duas décadas, não enfrentávamos a crise hídrica que vivemos nos dias de hoje. Entretanto, aquele era o momento para se preparar as ações necessárias para minimizar o problema de abastecimento que enfrentamos atualmente.
 
Da busca do governo estadual por recursos para o projeto, em 1999, até a produção de água tratada e interligada com as torneiras dos goianienses, passaram-se 18 anos. Neste período, acompanhamos o desenvolvimento da obra, primeiramente com a construção da Barragem do Ribeirão João Leite, depois com a Estação Elevatória de Água Bruta e, agora, com o funcionamento da Estação de Tratamento de Água Mauro Borges.
 
O tamanho da estrutura impressiona e confirma a relevância dos números apresentados pela Saneago. Com capacidade inicial de produção de 4 mil litros/segundo, a expectativa é que, nos próximos anos, o Sistema Produtor Mauro Borges atinja a capacidade total, produzindo 8 mil litros/segundo – volume capaz de atender a cerca de 3 milhões de habitantes de Goiânia e Região Metropolitana e garantir o abastecimento até o ano 2040.
 
Consideramos o complexo produtor uma das principais obras que o governador Marconi Perillo já entregou a Goiás. Assim como, no passado – nas gestões de Iris Rezende, Onofre Quinan e Henrique Santillo – vimos a concretização da ETA Meia Ponte, hoje responsável por 52% do abastecimento de água da Grande Goiânia, agora acompanhamos com entusiasmo a inauguração da ETA Mauro Borges, que tem potencial para multiplicar o atendimento e levar o sonho da água tratada para milhares de lares que ainda não possuem tal infraestrutura básica.
 
Entretanto, é preciso que a Saneago e o Governo de Goiás continuem a avançar nas obras de infraestrutura para que a água produzida chegue de fato aos lares dos goianienses. Acreditamos na gestão planejada, com foco na entrega de serviços relevantes para a população e nas ações que deixam um legado para as futuras gerações.
 
Nesse âmbito, também trazemos ao debate o Plano Diretor de Água e Esgoto, elaborado pela Saneago, e que pensa estrategicamente o abastecimento de Goiânia e Região Metropolitana para as próximas décadas. Nele, está previsto a discussão e implementação do barramento da bacia do Ribeirão Caldas, em Bela Vista, além da recuperação da bacia do Meia Ponte, com 4 barramentos de nível para regularizar a vazão do rio. Avançar na viabilização de tais investimentos hoje é imprescindível para continuarmos construindo soluções para o amanhã. 
 
É com esse sentimento que reitero: o futuro se planeja no presente. Para enfrentarmos os desafios que estão por vir, é preciso que o governo, a magistratura, o setor produtivo, a sociedade civil organizada e, principalmente, os usuários do sistema se articulem juntos na busca de soluções para a questão hídrica. Com planejamento, trabalho, dedicação e, sobretudo, mãos à obra é viável tirar do papel os projetos que, de fato, geram impacto positivo e mudam para melhor a vida das pessoas.
 


*Pedro Alves de Oliveira é presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e do Conselho Deliberativo do Sebrae Goiás
 

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