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Adriano Paranaiba

Medidas macroprudenciais

Palavra é usada para explicar ações do governo | 20.07.11 - 21:06

Sem sombra de dúvida, a palavra "macroprudencial" nunca foi tão usada, e repetida, para explicar as ações do governo brasileiro neste novo cenário econômico. Palavra que, até pouco tempo atrás, frequentava poucos textos, entre estes as atas das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) no sólido prédio do Banco Central do Brasil, em Brasília, e hoje ecoa em todos os veículos de comunicação, até mesmo em meu Twitter – vejam só!
       
A responsabilidade pela popularização deste termo se dá, em parte, devido ao presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Antonio Tombini, funcionário de carreira, que é economista e PhD em Economia pela Universidade de Illinois (EUA). Mais do que técnico, seu discurso é inteligente: o termo “macroprudencial” tem uma melhor aceitação que, por exemplo, “intervenção”, muito utilizada por antigos ministros desavisados do impacto negativo que tais termos traziam às incertezas dos agentes econômicos.
       
As ações macroprudenciais objetivam prover de moderação a expansão do crédito. É importante que o consumo aumente para dinamizar a economia, mas não é interessante que este crescimento seja fomentado por intermédio do aumento do crédito – principal fator que desencadeou a crise americana. Mais crédito, hoje, pode elevar, no futuro, o número de famílias endividadas, caso as coisas não andarem bem.
       
As classes C e D estão, no Brasil, consumindo mais do que em um passado recente, e prudência é tão importante para nós – consumidores - quanto por parte do próprio Banco Central. Por mais que o medo da inflação galopante do passado nos acometa todas as vezes que os preços nas prateleiras sobem, atualmente, vivemos em uma economia que supera o status de emergente. Ademais, a inflação que vivemos hoje é influenciada tanto pelo cenário internacional como pelo mercado doméstico.
       
Mais do que o acesso a mais consumo, para que o Brasil se torne uma grande potência econômica mundial, os ventos – favoráveis ou não - deveriam nos conduzir a uma maior prática de poupar, investir e provisionar para um futuro cada vez mais incerto: isto, sim, seria algo "muito prudencial".


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