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Pablo Kossa
Pablo Kossa

Jornalista, produtor cultural e mestre em Comunicação pela UFG / pablokossa@bol.com.br

O Blog

Os cabelos que já me inspiraram

Em cada momento, um cabelo fez minha cabeça | 29.05.12 - 11:19

 

Eu já tive tudo quanto é tipo de corte de cabelo. Nem sei se me lembro de tudo. Algumas vezes, encontro uma fotografia antiga e fico pirando. O tempo passa e aumenta o ridículo. Na infância, gostava de raspar a cabeça com máquina três. Depois, comecei a timbrar um corte dois andares, aquele que fica baixo perto da orelha e mais alto acima. Com uns 12 anos, timbrei um belo mullet que dava até para amarrar. Na adolescência, com o auge do sectarismo rock n' roll, deixei o cabelo crescer. Não era tempo de cremes hidraloe fartos como hoje. Condicionador era o bom Neutrox amarelo. Deixei o cabelo até perto da cintura. Maria Bethânia era amadora perto do volume que minhas madeixas exibiam. Cortei o cabelo curto quando já estava cursando Jornalismo. A partir daí, fiz tudo quanto é sandice: deixei mexas longas e pintei de vermelho, mandei um topetão psychobilly, deixei o black power rolar solto, deixei crescer, cortei de novo, fiz dreadlocks...

 

Acho impressionante quem não tem vontade de mudar a cara, mudar o cabelo, mudar a barba. Tenho um amigo que está perto dos 50 anos e faz a barba todos os dias desde quando o primeiro fio grosso apareceu na cara. É muita loucura. Mudei de opinião tantas vezes na vida que não conseguiria tamanho estoicismo. Assim como o cabelo, minha barba já foi de tudo quanto é jeito. Em cada época, eu tinha um ídolo visual, alguém que eu admirava o corte de cabelo. Vou listar alguns abaixo.

 

Arnold Schwarzenegger – ainda menino, quando eu assisti Comando para Matar na Tela Quente, só queria o cabelo arrepiado do ator austríaco.

 

Branco Mello - eu ficava olhando o encarte do Õ Blésq Blom e pensando: “quando eu crescer, vou deixar o cabelo assim”.

 

Dave Grohl - na fase que eu tinha cabelo de Bethânia e vendo os vídeos do In Utero do Nirvana, meu sonho era bater cabeça igual o baterista.

 

Albert Hammond Jr. - quando os Strokes estouraram na virada do século, achei a despretensão cuidadosamente armada dos cabelos do guitarrista bem bolada e achei que aquele era o futuro.

 

Bruno Kayapy - no momento em que entrei de cabeça na Fósforo Cultural e nos aproximamos dos cuiabanos do Macaco Bong por meio do Circuito Fora do Eixo, vi que o lance era a despretensão de verdade. Mendigo way of life.

 


Comentários

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  • 30.05.2012 05:33 Alessandro

    Cara também tenho esse ímpeto de mudança com meu visual, já fui cabeludo, usei corte arrepiado, estilo militar. Usei cavanhaque, barba desenhada, barba cheia, costeletas. Admiro uns brothers da época da faculdade que estão com o mesmo cabelo, sem um fio de barba na cara, os caras parecem desenho animado não mudam (parece que moram com o barbeiro e cortam o cabelo e fazem barba todo dia).

  • 30.05.2012 10:54 Luisa

    Esse é o maior retrato de um geminiano que poderia existir! hahaha sinto sua dor, pablo, também já usei meu cabelo de quase tudo quanto é jeito! .

  • 29.05.2012 06:49 Silas Cow

    Hahahahaha. Torcedor do goias roxo e já pintou o cabelo de vermelho. esse é o típico simpatizante deste time agonizante. tem que torcer para não cair para a série c. .

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