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Pablo Kossa
Pablo Kossa

Jornalista, produtor cultural e mestre em Comunicação pela UFG / pablokossa@bol.com.br

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E o táxi para a balada?

Táxi não pode ser o maior gasto da balalda | 27.09.11 - 11:12


Foi lançado hoje pelo governo estadual o programa Balada Responsável, que visa coibir a conduta criminosa de misturar álcool e volante nas ruas de Goiânia. Para entender melhor do assunto, leia aqui, neste linkno A Redação . De fato, este projeto demorou a chegar em nossa cidade, pois vidas são perdidas diariamente, de forma estapafúrdia, por conta dessa inconsequente prática. Contudo, entendo que o projeto não veio de forma completa e prejudica de forma séria o setor do entretenimento e gastronomia de Goiânia. A pergunta que fica é a seguinte: como voltará para casa alguém que tenha bebido?

Sabemos que os insuficientes ônibus que circulam em Goiânia param de rodar à meia-noite e só retornam às 5 da manhã. Porém, na prática, não é bem isso que acontece. Vá para um ponto de ônibus exatamente às 5 horas e veja quanto tempo você vai esperar ali. Além do tédio de aguardar, a pessoa corre um risco sério, pois é notório que nossa segurança pública vai de mal a pior e os altíssimos índices goianienses de homicídios estão aí para provar que não minto. Ou seja, a hipótese do transporte coletivo está descartada por conta de sua ineficiência.

A opção do táxi seria a mais plausível, contudo existe um limitante sério nesse serviço em Goiânia: o valor é simplesmente exorbitante. Digo isso calcado em duas perspectivas: quando comparamos o valor pago em outras capitais brasileiras e quando comparamos com o total gasto na balada em relação ao táxi.

Perante outras cidades, o serviço goianiense é caro, de forma desproporcional. Por que o táxi aqui em Goiânia é tão caro? Não sei nem chutar o que motiva tal valor. Alguém aí sabe o porquê? Se sim, por favor, me ajude!

E quando colocamos o valor que tiramos do bolso para pagar o táxi em comparação com que gastamos no restante da noite, veremos que boa parte ficou nas mãos do taxista. Se formos olhar o quanto gastamos de ingresso e conta, no caso de casas noturnas, ou o valor total da notinha, no caso de restaurantes e bares, veremos que o táxi morde um tanto considerável do montante final gasto na noite.

Li que o governo está pensando em uma parceria com os taxistas. Se o que foi publicado é verdade, a proposta é um acinte ao bom senso. Para viagens acima de 20 reais, teria um desconto de 10% quem tivesse usando o broche do Balada Responsável. Calma aí... Deixa eu ver se entendi mesmo... Então em uma vigem de 30 reais, eu pagaria “módicos” 27 reais e ainda teria que usar um broche ridículo na balada?!? Vocês só podem estar de brincadeira, né? Não sei se é por aí não...

O táxi não pode ser o maior gasto de alguém que vai para a balada. Bastava ser imposto uma taxa única entre os bairros para que a coisa pegasse de verdade. Por exemplo, entre bairros vizinhos, tipo Bueno e Marista, 5 reais e ponto final. Para viagens mais longas, tipo Bueno ao Jaó, 15 reais. Com o aumento do fluxo, o negócio ficaria viável e lucrativo ao taxista que deixaria de ganhar muito de poucos e passaria a faturar pouco de muitos. Se tiver vontade política, uma ação dessa sai do papel fácil. E aí cabe ao setor do entretenimento e da gastronomia, em especial o atuante pessoal da Abrasel, encabeçar essa briga. E eles já podem contar com meu apoio integral.


Comentários

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  • 01.10.2011 09:44 Edson Silva

    Acho um absurdo vc perder sua CNH porque não quis assoprar um bafometro. Vc vai pra um restaurante, janta lá, nem bebida alcoolica toma e depois ao ir embora cai numa numa blitz traiçoeira e te mandam assoprar o aparelho sem motivação nenhuma. Teria que ter uma motivação, vc dirigindo perigosamente e arriscando a vida dos outros mas não seria o caso. O bafometro deveria ser usado somente em casos de acidentes para se averiguar se um dos condutores não poderia ter provocado o acidente por embriagues ou no caso de o condutor estar em flagrante direção perigosa.

  • 01.10.2011 05:29 Flávia Cristina

    Só lançar a idéia e não soluções viáveis, empaca na entrada...legal vc ter dado uma solução viável a todos, veremos o interesse político nisso(pois em Goiás é isso q movimenta tudo),rs!

  • 27.09.2011 14:14 eduardo

    O táxi é caro porque GYN não é cidade turística como São Paulo, Rio ou Salvador. Em qualquer horário, há apenas uns 15 táxis no aeroporto. Nunca se vê um táxi rodando vazio em GYN, eles ficam apenas em pontos específicos. GYN tem atrativos para os seus moradores, mas ninguém anda de táxi porque qualquer corrida por mínina que seja já é o preço de um refeição. Impossível andar de táxi em GYN.

  • 27.09.2011 13:37 Abrasel Goiás

    Pablo, parabéns pelo artigo. Agradecemos a citação da Abrasel Goiás.

  • 27.09.2011 13:29 Abrasel Goiás

    "É importante lembrar que a necessidade de estabelecer políticas de transporte público, incluindo o táxi, foi ideia apresentada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel Goiás), em reunião do GT que discutiu o projeto. A Abrasel pediu ao governo transporte público noturno e menor custo do táxi em Goiânia ." Por Rafael Campos Carvalho Presidente da Abrasel Post OlhO Comunicação Assessoria de Imprensa Abrasel Goiás

  • 27.09.2011 12:31 Ricardo

    Durante o festival vaca amarela, gastei 25 reais, com bebidas no evento. mais vinte reais do ingresso, total de 45 reais. Na hora de ir embora um taxista me cobra 60 reais, é um absurdo!!

  • 27.09.2011 11:32 Marcello Abrahão

    Vc leu meu comentário,né? Mas o que pode levar a uma tarifa melhor é que o governo,ainda por cima,abaixou a carga tributária dos táxis,que têm um desconto gigante na aquisição do veículo e no IPVA!!!

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