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Pablo Kossa
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Jornalista, produtor cultural e mestre em Comunicação pela UFG / pablokossa@bol.com.br

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Carlos Alberto é aposta arriscadíssima

Histórico de jogador causa preocupação | 29.01.14 - 11:45

Goiânia - Tem gente que gosta de apostas. Se arrisca, ousa, dá a cara a tapa. Gente assim não tem meio termo. Quando acerta, é um golaço. Não só dá certo: dá muito certo. Por outro lado, quebrar a cara é uma das hipóteses a ser consideradas. Quando erra, o chute vai para fora do estádio. Normal. Quem não arrisca, não petisca. E também não se fode. Como o complemento do ditado popular exige.

A contratação de Carlos Alberto pelo Goiás é um empreendimento desse tipo. De risco alto, mas que pode surpreender. Como sou esmeraldino, torço para que ele arrebente. Como sou inteligente, devo dizer que é mais fácil o Goiás ter feito uma grande burrada. Nada leva a crer que o atleta de 29 anos tome jeito agora, nessa fase da carreira, depois de tantas chances em grandes clubes do Brasil e do mundo.

Preciso aqui esclarecer uma coisa: se fosse para classificar meu perfil em um ranking que categorizasse a pessoa conforme sua vontade de correr riscos, inegavelmente eu receberia a denominação de conservador. Não curto pisar em algo que não esteja sólido. Mesmo que usando aquele apoio, que existe o risco de falhar, eu possa saltar e conquistar o mundo. Não é a minha. Eu gosto mesmo é do meu roquezinho antigo que não tem perigo de assustar ninguém.

Dito isso, acredito que tenhamos em mãos um novo Neto Baiano, Jardel, Vampeta ou Fernandão (exemplos de jogadores que vieram para resolver e não deixaram saudades). Embora torça para que ele seja um João Paulo, Baltazar ou Léo Lima (casos de atletas que surpreenderam e apresentaram um bom futebol).

O histórico de encrencas de Carlos Alberto é maior do que sua coleção de grandes jogadas. Veio ao mundo do futebol como grande aposta do Fluminense, como alguém que almejava a camisa 10 da Seleção Brasileira. Até agora, passou muito longe disso. Por isso que quando seu nome é mencionado, a primeira associação que fazemos é com problemas do que com seu inegável talento. Cá entre nós, até agora pessimamente aproveitado. Futebol nunca foi o problema. Seu problema sempre foi juízo.

Pode ser que os ares de Goiânia façam bem ao jogador? Sim, é possível. É provável? Não colocaria minhas fichas nessa hipótese. Mas se o Goiás conseguiu fazer até mesmo jogador acima do peso se tornar a grande revelação do Campeonato Brasileiro do ano passado, vai que 2014 é o ano de Carlos Alberto, ele surpreenda e mostre a todos nós do que sempre foi capaz.

Estou louco para pedir desculpas por esse texto no final do ano. Carlos Alberto, só depende de você calar minha boca e mostrar que eu falei bobagem. Por favor, faça isso erguendo uma taça relevante com a braçadeira de capitão e o número 10 estampado nas costas do manto verde. Faça, por favor.

Ah, Campeonato Goiano não é taça relevante, viu?

Comentários

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  • 31.01.2014 10:20 Ricardo Brasil

    Boa, faça nos este favor Carlos Alberto

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