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Pablo Kossa
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Jornalista, produtor cultural e mestre em Comunicação pela UFG / pablokossa@bol.com.br

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O comercial de Roberto Carlos

Não dava para esperar algo diferente do Rei | 26.02.14 - 11:10 Vendo a polêmica na internet que envolveu o lançamento da nova campanha da JBS estrelada por Roberto Carlos, uma incômoda pergunta não me sai da cabeça: “é sério mesmo que vocês esperavam algo diferente vindo desse cara?”.

Como a gente já sabe, de onde menos se espera é que não sai nada mesmo. Esse é o caso de Roberto Carlos. Sou um fã de carteirinha do cara. Amo seu trabalho, em especial a fase do final da década de 1960 e todos os álbuns da década de 1970. Mas tenho total clareza que ele não mostra um trabalho de encher os olhos há tempos.

Preciso reconhecer que a música Esse Cara Sou Eu foi um gol. Longe de ser de placa, mas foi gol. E como não é só golaço que ganha jogo, esse adendo precisava ser feito. Fora esse acerto, não me lembro de nada que mereça nota nos últimos 30 ou 35 anos na carreira de Roberto Carlos.

Estamos falando de alguém doente. Um cara que deixou os problemas de sua cabeça afetarem sua imagem de ídolo nacional. As patuscadas nas quais se envolveu no últimos anos estão aí para todos verem que não estou mentindo. É censura a biografia, é Procure Saber, é não saber falar inferno em uma de suas grandes canções, é não cantar mal em outro sucesso inesquecível, é sempre se vestir com aquelas cores de bunda... É mancada que não acaba mais. Por que diabos seria um acerto seu comercial de bife da Friboi?

Se ele não comia carne, eu nem sabia. E se ele voltou, não quero saber.

Já penso nisso há muito tempo: se eu tivesse a possibilidade de trocar uma ideia com Roberto Carlos, diria para ele colocar uma calça jeans apertada e uma jaqueta de couro preta, chamar seu parceiro velho de guerra Erasmo Carlos, montava uma banda básica de guitarra-baixo-bateria, aquele tecladão timbrado anos 60 e um trio de sopros, organizaria uma turnê nacional só para mostrar para a molecada como é que se faz.

Outra chance dele recuperar sua credibilidade pública seria uma mega campanha em prol dos direitos das pessoas com necessidades especiais. Roberto Carlos em todos os cantos dizendo: “Eu também sou deficiente físico. Pela inclusão, diga não ao preconceito”.

Ganhar na Mega-Sena sem sequer ter feito um jogo na lotérica é mais provável do que eu ver essas coisas algum dia na vida.

Agora, cá entre nós, que me deu uma baita vontade de comer aquela carne de corte alto no ponto certo que eles mostram no comercial, deu demais. Os caras capricharam. Mas, como disse meu amigo José Flávio Júnior em uma comunidade do Facebook, Robertão não colocou sequer um pedacinho na boca. Deve ter ficado só no risotinho e asparguinho. E eu aqui com a boca cheia d’água. Deus não dá asa a cobra mesmo...

Comentários

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  • 28.02.2014 19:43 Silva

    O RC era bom na fase pornô; mas toda vez que tenta agradar uma categoria se dá mal. Vide caminhoneiro, vegetariano, dona de casa

  • 28.02.2014 17:53 Adilson Belo

    Cara, ler um texto seu sobre isso depois de ter lido um da Anapaula Meirelles sobre o mesmo assunto é igual beber Cidra Cereser depois de ter tomado champanhe francês. O que a mulher tem de profundidade e inteligência você tem de superficialidade e ego. Quando acabei de ler o teu texto fiquei com raiva de mim mesmo e fiz a pergunta que você fez lá no começo: "é sério mesmo que vocês esperavam algo diferente vindo desse cara?”

  • 27.02.2014 00:34 Edival Jr

    Favor devolver meus 5 minutos

  • 26.02.2014 23:06 Roberto

    Eu sou terrível

  • 26.02.2014 18:25 Jão

    Acho que poderia ter tirado a perna de pau e usado como espeto

  • 26.02.2014 17:59 Jorge Paulo

    Caro Pablo definitivamente não concordo com você. Prefiro o filé bem passado.

  • 26.02.2014 17:57 Raphael Saboya

    De mancada ele entende bem! Kkkk

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