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Pablo Kossa
Pablo Kossa

Jornalista, produtor cultural e mestre em Comunicação pela UFG / pablokossa@bol.com.br

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Eu amo o país que dá um feriadão para a bagunça

Vamos nos divertir nesse Carnaval | 28.02.14 - 20:15
Goiânia - Eu só tenho esperança no futuro do Brasil quando me lembro que pouquíssimos (mais algum?) países liberam um baita feriadão como o Carnaval no intuito de colocar diversão ampla, geral e irrestrita na pauta da Nação. Não tenho dúvida que estamos na vanguarda mundial quando o assunto é felicidade. Já vi pesquisas publicadas nos veículos de comunicação nesse sentido. Sorte nossa.

Não sinto a menor inveja de países em que as férias são de pouquíssimos dias e não existem feriados. Eles podem ser mais ricos, nós somos mais alegres. Lembra-se do ditado que dinheiro não traz felicidade? Pois é. Triste de quem acha que a vida é só dinheiro. Triste.

E, pelo amor da Virgem Maria, não me venha com aquele papinho de que “perdemos não sei quantos milhões de reais com os feriados”. Balela. Papo reducionista e que tem uma visão tacanha do que seja o mercado. Falta um entendimento mais amplo do que seja economia.

Os setores de turismo, cultura, gastronomia e vários outros ficam sonhando com feriados emendados. Esses segmentos dependem da nossa folga, trabalhadores de carteira assinada e dias/horários ordinários, para faturarem. A economia não é feita só de fabricar cimento e vender carro. É bem mais complexa. Não caia nessa falácia que a Fiesp vende ao Brasil e grande parte compra.

Quando um perde, outro está ganhando. É assim que a coisa funciona na economia desde que o mundo é mundo. A questão é quem deoxa de faturar com o feriado tem mais voz na grande imprensa e só ouvimos seus argumentos.

E o Carnaval é bom até para quem não vai cair na folia. Vejo os religiosos que, em geral, condenam a folia mobilizando mil ações para o período em que os não tão dedicados à fé estão na orgia. É acampamento, retiro, encontros, passeios... Enfim, cada um se diverte da forma que acha melhor. E assim que é bonito.

A empolgação com o feriado é tão generalizada que desde segunda-feira todas as conversas casuais têm, em dado momento, o questionamento: “o que você vai fazer no Carnaval?”. Se isso não comprova o envolvimento do brasileiro nessa festa popular, não sei mais o que poderia servir de prova.

Vamos curtir o Carnaval sem peso na consciência, sem carregarmos todos os problemas do mundo nas costas que, para melhorar, ainda nos foi cedido o direito de meio feriado na quarta-feira para curarmos a ressaca. Boa diversão!

Comentários

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  • 05.03.2014 17:09 Rogério Martins

    Cara, o pessoal fala demais dos nossos feriados aqui, que trabalhamos pouco e tal, mas nos EUA os caras não tem carnaval mas tem spring break, dias de nevasca e outros 13 feriados nacionais. Outro dado, enquanto fazemos as 44 horas semanais, nos EUA é 40, Alemanha é 38, França e Espanha fazem 35h/semana. Então, quem trabalha pouco aqui? (fonte: Superinteressante março 2011)

  • 02.03.2014 12:04 Silvio César

    Sen Chu Chian, o que tem de irreverente nisso? Estamos no topo quando o assunto é felicidade? É, como dizem os grandes jornais internacionais: "o brasileiro se preocupa mais com o futebol, carnaval e mulher pela do que com desenvolvimento pessoal, profissional, e outros assuntos de maior relevância".

  • 01.03.2014 11:01 Sen Chu Chian

    é isso ai, doidão! fico impressionado com a qualidade das críticas proferidas ao autor dessas palavras, afinal se não curte porque lê e escuta. Acho que as pessoas se levam a sério demais e quando encontras uma pessoa irreverente, ficam puto da vida...

  • 28.02.2014 22:07 Silvio César

    A cada texto que leio desse cidadão eu fico mais "admirado" com tamanha inteligência! Uma dica: antes de escrever um texto, reflita sobre aquilo que você está pensando. Fala muita besteira, senhor Jornalista, produtor cultural, e agora economista.

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