Goiânia - Aristóteles e Platão trabalharam o conceito de estética como sendo uma junção entre o belo, o bom e o verdadeiro. Ela forma, junto com a cognição e a ética, um conjunto: você se sensibiliza com a estética, faz a cognição do sentido e a ação gerada em seguida integra a ética.
Nos tempos atuais, em que a preocupação com a aparência chega a superar toda a riqueza da essência humana, vale uma reflexão sobre o que é verdadeiramente belo. E também sobre um paradoxo interessantíssimo presente na era da imagem: a despeito de toda a perfeição buscada, em academias e nas clínicas de beleza, como são inseguras as pessoas quanto às suas qualidades.
A única mágica que nos torna belos está, na verdade, dentro de nós mesmos e na capacidade de convivermos com o meio, sem nos achar muito menos ou muito mais que tudo. Estamos carentes de capacidade de cognição. E de encontrar o sentido ético da beleza.
O comercial da Dove: Adesivos tem uma mensagem de resgate da crença em nós mesmos. Veja:
Até o marketing se rende aos fatos: existe também mãe-mãe, ou, um casal de mães. Ora, qual o problema? Por que não falar do que está na cara de todos e não faz mal a ninguém?
A Natura sai na frente, por estar sintonizada com a vida, sem preconceitos! "Os formatos mudam, o amor não. Toda relação é um presente".
O mundo de hoje é dos que sabem se conectar e vencer as muralhas da intolerância. As marcas que sobreviverão serão aquelas capazes de compreender a complexidade humana e planetária, a riqueza da vida, que não se limita a regrinhas de moral e bons costumes.
Esses novos tipos de anúncio já são da geração internet, onde não existe a "voz da verdade" dos jornais, das TVs e das revistas, pois todos têm voz, e é preciso aprender a entender sobre quem são esses "todos". Viva a diversidade!
Sejamos belos não para alimentar a insanidade do nosso ego, mas para o mundo.