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Pablo Kossa
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Jornalista, produtor cultural e mestre em Comunicação pela UFG / pablokossa@bol.com.br

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Dunga na Seleção é prova de que nada vai mudar

CBF insiste em olhar para trás | 23.07.14 - 10:04

Goiânia - Nem Dona Lúcia aprovou. Nem a Velhinha de Taubaté tem esperança. O descontentamento é visível em qualquer circulada pelas redes sociais. Mas Millôr Fernandes é quem estava certo, pois de onde menos se espera é que não vem nada mesmo. Como sonhar com qualquer mudança, nem que seja só para inglês ver, em uma instituição capitaneada pela dupla velhaca Marin e Del Nero? Mais fácil um argentino reconhecer a supremacia de Pelé frente Maradona.

Uma única palavra explica esse parágrafo de abertura: Dunga.

Sei que desde o final de semana o boato de que o capitão do tetra assumiria a Seleção Brasileira já corria. Mas eu, do time dos esperançosos, achava que não era real. Afinal de contas, só podia ser piada. Não tinha o menor cabimento isso ser sério. Após o massacre do Mineirão, conseguimos um consenso de que profundas modificações são urgentes no futebol brasileiro. Marin sabia e afirmara que se o Brasil não ganhasse a Copa do Mundo, ele estaria no inferno. Pois então ele se encontra na casa do coisa ruim e com sete anjos fedendo enxofre voando ao seu redor.

Eu queria mesmo um técnico gringo. Mas, tendo em vista que tal possibilidade seria um gesto muito ousado para quem tem como meta deixar as coisas, principalmente financeiras, exatamente como estão, outros técnicos brasileiros não seriam tão questionados. Tite ganhou tudo pelo Corinthians, está estudando futebol na Europa e seria candidato natural ao cargo. Não seria surpresa alguma a efetivação de seu nome. Muricy Ramalho é o técnico com o maior número de títulos da última década do futebol brasileiro e nunca teve oportunidade com a amarelinha. Marcelo Oliveira é o atual campeão brasileiro pelo Cruzeiro e já está com o time mineiro na liderança do Brasileirão. Mesmo não sendo nomes que eu considero ideal, é inegável que dentro do rol dos técnicos brasileiros esses são os que mais possuem credenciais para assumir o posto.

Dunga tem um currículo bem diferente dos que citei. O ex-volante tem duas experiências como técnico. Seu primeiro emprego no banco de um time de futebol foi na própria Seleção Brasileira, após a derrota de 2006 contra a França. Ganhou a Copa América, a Copa das Confederações e classificou o Brasil com alguma tranquilidade nas Eliminatórias para a Copa de 2010. Perdeu os dois torneios mais importantes que disputou: as Olimpíadas de Pequim em 2008 e a Copa da África do Sul.

Depois da Seleção, assumiu o Internacional, time no qual foi revelado. Ganhou um Campeonato Gaúcho e caiu após uma sequência de derrotas no Brasileirão. Não dá para dizer que ele tem um perfil vencedor como treinador.

Com a confirmação de Dunga como técnico, a CBF esfrega na cada da população brasileira que a Seleção de fato é privada, não tem nada a ver com a vontade popular e que goleadas históricas não deixam sequer vermelha a face dos cartolas. Afinal de contas, em cara de pau não circula sangue para ficar rubra. 


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