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Pablo Kossa
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Jornalista, produtor cultural e mestre em Comunicação pela UFG / pablokossa@bol.com.br

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Sin City 2 é um quadrinho em 3D

Filme tem mérito de manter clima sombrio | 26.09.14 - 14:54 Sin City 2 é um quadrinho em 3D .
Goiânia - Fui ontem ao cinema assistir a estreia de Sin City – A dama fatal. Antes de tudo, preciso dizer que sou fã tanto da série em quadrinhos quanto do trabalho de seu criador, Frank Miller. Tenho todos os gibis de Sin City em casa e várias outras obras do quadrinista. Ou seja, pertenço ao grupo dos chatos que não foi ao cinema somente para esticar as pernas. Estive lá para ver se haviam respeitado a áurea das publicações e se haviam conseguido manter o fôlego surpreendente do primeiro filme, lançado em 2005. Logo, sou do grupo minoritário de chatos que tem todos os elementos para detonar qualquer coisa que gente sã e não doente como eu sequer perceberia. Felizmente, não foi o que aconteceu. Saí satisfeito da sala do Bougainville. Os caras não erraram a mão.
 
O filme dirigido por Robert Rodriguez em parceria com o próprio Miller preserva o ambiente hostil da inescrupulosa cidade de Sin City dos quadrinhos. Pervertidos de toda espécie habitam suas ruas escuras e bares enfumaçados. Honra e moral são itens mais raros que água na Cantareira. Violência e sensualidade inundam a tela. E o que é melhor: em 3D. Definitivamente, não é um filme para menores de 18 anos.
 
O uso da tecnologia de três dimensões é o grande diferencial do filme que estreou ontem nos cinemas brasileiros em relação ao primeiro da série. É mais impactante a atmosfera noir com aquele óculos engraçado. Fica literalmente mais na cara. O que acrescenta e muito para o espectador. Se o fator surpresa foi perdido com a segunda adaptação, o 3D é um grande elemento compensatório.
 
Em tempos em que os quadrinhos parecem ter se tornado o grande filão de Hollywood e a idiotização de adaptações é cada vez mais recorrente, é um alento ver que Sin City não cede ao jogo fácil das demais obras oriundas dos gibis. Tenho certeza que isso se deve à marcação cerrada que Miller exerce sobre a própria obra. Ainda mais em um trabalho tão autoral e cheio de peculiaridades como é Sin City.
 
Miller sabe que Sin City não é para amadores, não dá para comer uma pipoca enquanto um policial se suicida após matar seu companheiro de trabalho. Não é para a família feliz frequentar o cinema no domingo de tarde. É para gente interessada em dar uma volta pelo lado selvagem da vida. Coisa para quem tem um ou vários parafusos soltos. Gente como eu e você.
 
Não deixe de ver Sin City – A dama fatal nos cinemas. A experiência 3D compensa. E se você não viu o filme de 2005 ou não leu os gibis, não há problema algum. Talvez a surpresa e o impacto sejam até maiores. Se uma obra de arte existe para, entre outras razões, incomodar e causar estranhamento, o filme de Miller e Rodriguez cumpre essa premissa com louvor.

 

Comentários

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  • 27.09.2014 18:21 Aline Mil

    Pablito, ao contrário de você (talvez por não ser mãe ainda, rs), achei que a violência e a sensualidade do filme são amenizadas pela linguagem meio tragicômica dos quadrinhos. É pesado, sim, mas ao mesmo tempo é divertido. Também achei o filme incrível, principalmente pela fotografia. É realmente como ler uma revistinha em terceira dimensão.

  • 27.09.2014 06:17 Fernando Rezende

    Senti Selvageria e Amor (Próprio) nos filmes Sin Ciry, tanto e quanto os sinto ao ouvir um disco de Maysa. ETC, e tal, surpresa da audiência por parte de alguém que não se habitua a lançamentos. Abraços, Coluna interessante.

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