Entre os mais influentes da web em Goiás pelo 12º ano seguido. Confira nossos prêmios.

Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351

Tutti-frutti

Um candidato excretor

Levy Fidelix é o arquétipo do bizarro | 29.09.14 - 16:35
Goiânia - O debate com sete candidatos que pleiteiam a Presidência da República, realizado domingo (28/09) pela TV Record, teve dobradinha bizarra dos "abaixo de zero": Levy Fidelix (PRTB) perguntava para o Pastor Everaldo (PSC) e vice versa. E o resultado disso foi um teatro de horrores.

Não queria falar do assunto para não dar mais visibilidade para este infeliz, mas silenciar é quase sempre consentir e a charge de Laerte Coutinho foi um estímulo a mais.

Levy Fidelix é o arquétipo do bizarro em um país onde a democracia tem muito a evoluir. Sua única proposta para o país, há décadas, é um pitoresco aerotrem que ele sequer consegue explicar direito.

Apesar disso, Fidelix, com seu bigode agora tingido, conta com espaço e tempo nobres para vomitar idiotices, e recebe dinheiro do fundo partidário para continuar existindo enquanto candidato.

Ontem, ele chegou ao seu ápice, num rompante absurdo contra homossexuais: comparou gays a pedófilos, disse que a homossexualidade reduziria a população do Brasil à metade e que "aparelho excretor não reproduz". Afirmou ainda que gays precisam de atendimento psicológico "bem longe daqui".

Levy Fidelix é a prova viva que o "aparelho excretor" reproduz sim.

À lunática ótica utilitarista do aerocandidato sobre o corpo humano, caberiam algumas colocações.

Se o aparelho excretor dos gays só deveria ser usado para excretar, isso deveria valer também para os pais e futuros pais de família que adoram tal órgão das namoradas ou futuras esposas, ainda mais em um país machista em que abundam as bundas femininas nas mais diversas campanhas publicitárias, certo?

E sexo só deveria ser feito para reproduzir, afinal, se não vale o desejo como algo "utilitário", nada de transar por prazer, independente de qual órgão esteja em uso! Ah, e nada de sexo oral ou mesmo beijo, afinal a boca deve servir para nos alimentarmos ou, no máximo, para respirarmos em dias de nariz entupido.

Não vale a pena elucubrar mais sobre algo tão tosco, porém cabe uma última pergunta: qual a utilidade de Fidelix em disputas presidenciais? A que ele serve em nossa democracia? O que ele agrega eleição após eleição, ao debate político?

O aparelho excretor, seja utilizado como for pelo seu dono (afinal, cada um que cuide do seu, como quiser), certamente é muito mais útil que Fidelix.

Comentários

Clique aqui para comentar
Nome: E-mail: Mensagem:
Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351