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Tutti-frutti

Custe o que custar

Humor continua contaminado | 14.11.14 - 14:24 Custe o que custar (Foto: divulgação)
Goiânia - Marcelo Tas deixa o CQC e joga uma pá de cal sobre um projeto que, há sete anos, começou criativo, mas descambou para a TV-bullying (que já era feita pelo Pânico).
 
Tas e sua turma tentaram misturar jornalismo com escracho, que no começo pareceu uma forma corajosa de encarar políticos, por exemplo, mas depois se misturou ao próprio escracho do que se retratava.
 
É mais uma evidência de que a criatividade agoniza na velha mídia: o jornalismo vira escracho ou se dilui no "entretenimento"; o humor continua contaminado por preconceito e intolerância; a dramaturgia permanece nos clichês e nos roteiros banais e a relação com o espectador se resume à quantidade do Ibope, não a propostas de qualidade.
 
Programas como o CQC necessitam de um distanciamento da piada para poderem continuar de maneira isenta a realizar a critica tão inteligente e bem humorada à televisão.
 
Quando você se aproxima da piada você cria intimidade com ela e deixa de enxergá-la de forma descomprometida, fato necessário à realização do trabalho crítico.
 
E o CQC, todo "moderninho", quem diria... terminando sua saga como se fazia no século retrasado: uma mulher traída aceitando em público as desculpas do marido garanhão...
 
Fiquei constrangida ao ver Dani Calabresa comentando sobre a traição de Marcelo Adnet. Tudo tão sem graça quanto dançar com o irmão.
 
Aliás, me ocorreu uma outra questão: não seria tudo isso uma jogada de marketing?
 
Pensemos: com o CQC morrendo e Adnet desaparecido na Globo, eis que um caso bizarro de traição coloca todos em evidência. Ou será que um global seria tão ingênuo de trair a mulher em público no Leblon e imaginar não ser clicado?
 
Quer saber? Boba sou eu em comentar esse caso. Mas vale a crítica, mesmo na possibilidade de tudo ser armado, porque a fábula termina com moral machista.
 
O humor custe o que custar está saindo caro e não é nem um pouco engraçado.  Ao invés de provocar risadas tem provocado baixa audiência.
 
Esse humor covarde e pueril está com seus dias contados. Trocar o jornalismo pelo celebritismo é um péssimo negócio.
 
Fico imaginando como seria a reação se os cornos exibidos para todo o país fossem do Tas ou do Luke...
 

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