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Pablo Kossa
Pablo Kossa

Jornalista, produtor cultural e mestre em Comunicação pela UFG / pablokossa@bol.com.br

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Ouvir uma música no rádio é mais gostoso

O rádio lhe pega de surpresa e emociona | 28.11.11 - 16:52

Os profetas do apocalipse já decretaram a morte do rádio várias vezes. Com a popularização do cinema, com a advento da televisão, com o surgimento da internet... Enfim, o sepultamento do rádio já foi previsto outras vezes mas ainda não foi presenciado. E não será tão cedo. Existem elementos de fascínio no rádio que nenhum outro meio de comunicação ainda conseguiu superar. E hoje eu vou falar de somente um desses aspectos: o prazer de ouvir uma música no rádio.

Você pode ter um tocador de música digital com todas as músicas do mundo. E mesmo com todo esse arsenal em mãos, o fascínio de escutar um som pelas ondas do rádio ainda não foi superado. Isso se deve ao fator surpresa. Quando você pega um som para ouvir, seu coração já se direciona para aquele sentimento. Você já está com o caminho trilhado para aquilo que colocou para rodar. O impacto de uma música ouvida no rádio é diferente.

Naturalmente, é muito mais intenso ser pego de surpresa do que de forma planejada. E o rádio pode surpreender de duas maneiras distintas: tocando aquilo que você ama, mas que há muito tempo estava escondido nas gavetas da memória e você nem se lembrava mais que gostava; e lhe apresentando algo novo e maravilhosamente genial, algo que você nem tinha ideia da existência. Tanto faz qual das duas surpresas o rádio lhe submeterá, o que importa é que a pancada vai ser forte e você vai ficar atordoado/emocionado com aquele som.

No caso de sons que você já conhece, o rádio consegue lhe remeter para o período em que você ouviu pela primeira vez aquela música, os amigos daquele momento de sua vida, a circunstância pela qual você entrou em contato com o trabalho daquele artista... Uma viagem única pelos corredores de seu passado e que você não tinha a menor idéia da forma como percorrê-los novamente. E aí você começa a pensar que mais e mais gente também gosta daquela música que você nem se lembrava que gostava. Afinal, se está tocando na rádio, é por que mais gente tem interesse pela obra. Uma grande rede de boas memórias cerca o ouvinte quando o rádio toca uma antiga canção que marcou sua vida.

Além disso, outra boa surpresa que o rádio pode proporcionar é fazer com que algo que você não tinha a menor noção da existência chegue até seus ouvidos. Isso é mágico! E, quem sabe, fazer com que você se torne fã de um artista que até então não conhecia. É um poder de importância simbólica fabuloso. Em relação a isso, o rádio também é insuperável.

Existem pontos chatos no rádio? É claro que sim! A repetição excessiva de músicas, os comerciais, o segmento de atuação que não condiz com seu gosto... Mas quando o rádio toca aquela bela balada que novamente lhe coloca nos bons momentos de sua adolescência, sendo que, na verdade, você está no meio de um engarrafamento monstro, tudo fica menor. O rádio continua sendo lindo!


Comentários

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  • 30.11.2011 10:04 Daniel

    O problema é que hoje as rádios são movidas à Jabas. Hoje os programadores tem de estar atentos à quantas inserções ele deve fazer de determinada música, pois é o "novo sucesso" de fulano de tal. Como explicar tanto música ruim fazendo sucesso ao mesmo tempo? Foi tudo nivelado por baixo, dessa música pop pasteurizada americana ao sertanejo universitário que não sabe construir uma frase usando os verbos no tempo e modo corretos. Algumas exceções me permitem ouvir alguma coisa interessante, normalmente um "flash back".....

  • 29.11.2011 01:15 Ricardo

    Achei muito violento o comentário acima, foi desnecessário. Percebo o que o Pablo quis dizer: Ouvir uma musica no rádio é melhor porque não temos controle sobre a faixa, não podemos voltar 10 segundos, e ouvir novamente. Ouvir música no rádio dá uma certa ansiedade, de cantar junto e não errar a letra, entre outros prazeres.

  • 28.11.2011 09:03 Paulo Surra

    Lamentável texto, Pablo... o simples ícone chamado shuffle, presente en todos tocadores digitais já desmonta seu principal argumento. Já passagens como "... quando você pega um som pra ouvir, seu coração já se direciona para aquele sentimento" é de uma vulgaridade e coloquialismo sem fim. Nem todos somos bichos-grilos. Por favor, expanda um pouco seus horizontes (é fato que vc nunca viveu fora de Goiânia, certo?) e respeite mais seus leitores. Infeliz da universidade que produz um mestre assim.

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