Goiânia - Há algumas edições Amsterdã já pleiteava a missão de cidade-sede das Olimpíadas. Deu certo em 1928. E foi na capital da Holanda o registro de diversos momentos históricos, como o surgimento da chama olímpica e a soltura de pombas brancas, representando pedido de paz.
Ainda que a rainha holandesa Guillermina não concordasse com o evento esportivo, por considerá-lo pagão, uma estrutura considerável foi preparada para a edição dos Jogos. Faziam parte da construção um estádio para 40 mil pessoas, velódromo e até pista de atletismo.
Países vetados nas últimas edições, por causa da I Guerra Mundial, voltaram a ser convidados para a disputa dos Jogos, entre eles a Alemanha, Áustria, Hungria e Bulgária. O evento ocorreu entre 17 de maio e 12 de agosto de 1928.
Destaques e curiosidades
Além das pombas brancas, a cerimônia de abertura dos Jogos em Amsterdã contou com a presença da chama olímpica. Naquele ano, a pira foi acesa em Olímpia, na Grécia, e transportada diretamente para o estádio onde celebrava o início das Olimpíadas. A tradição do revezamento só começaria em 1936, na cidade de Berlim.
Atualmente um dos principais patrocinadores do evento esportivo, a Coca-Cola distribuiu milhares de refrigerantes para o público em Amsterdã. A cortesia da fabricante chegou à capital holandesa de navio, o mesmo que levou a delegação norte-americana, que voltou para casa como campeã geral no quadro de medalhas.
(Foto: COI)
O Brasil não estava entre os 46 países participantes. Os Jogos na capital holandesa reuniram 2.883 atletas, sendo 277 mulheres. As 327 medalhas nunca ficaram tão bem distribuídas: 28 nações voltaram com o elemento para casa.
A cena mais comovente aconteceu durante a semifinal do skiff simples do remo. O australiano Henry Pearce parou o seu barco no meio da prova para abrir passagem a uma família de patos. A gentileza protegeu os animais e não impediu o atleta de avançar para a final da competição. O australiano acabou faturando o ouro na modalidade.