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Mudanças

Fica 2015 não contará com nenhum show nacional

Festival será focado em cinema e meio ambiente | 11.04.15 - 08:03 Fica 2015 não contará com nenhum show nacional Divulgação/Seduce Goiás
 
Sarah Mohn

Goiânia – A edição deste ano do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) não terá nenhuma atração musical nacional em sua programação. A informação foi anunciada com exclusividade ao jornal A Redação pela secretária de Estado da Educação, Cultura e Esporte (Seduce), Raquel Teixeira. Segundo ela, o festival será prioritariamente focado em atividades voltadas ao cinema e meio ambiente, seguindo a proposta original do evento, lançado em 1999. Neste ano, o Fica chega à 17ª edição e será realizado entre os dias 23 e 28 de junho, na Cidade de Goiás.
 
Em entrevista ao AR, na tarde de sexta-feira (10/4), Raquel Teixeira argumentou que a mudança atende duas recomendações: uma do governador Marconi Perillo, de adequar as ações da secretaria ao ajuste econômico por que passa o Estado de Goiás, e a outra do setor audiovisual goiano, que há anos reivindica reformulação que direcione a programação do Fica às áreas cinematográfica e ambiental.
 
Ao AR, a secretária anunciou ainda novidade relativa aos recursos para o festival neste ano, que foram reduzidos de R$ 4 milhões para R$ 2,5 milhões. “Cortamos na parte de shows, porque o Fica nasceu como um festival de cinema internacional ambiental. O foco era cinema e meio ambiente. Ao longo desse período ele virou multicultural, inseriu novas atividades, atrações, a parte de show ficou muito forte. Mas em uma análise com o governador, nós achamos prudente retomar o formato original do Fica, com foco em cinema e meio ambiente”, antecipou a secretária.
 
Raquel explicou que a decisão quanto às apresentações musicais de artistas goianos será definida junto a entidades e representantes do setor em Goiás. No entanto, duas atrações já estão confirmadas: A Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás fará a abertura do festival, em 23 de junho, e a Orquestra Filarmônica de Goiás será a atração de encerramento, no dia 28, seguindo proposta de “valorizar a prata da casa”, de acordo com a secretária. A Filarmônica levará ao público um espetáculo com músicas que são temas de filmes.
 
Na avaliação da secretária, as mudanças estruturais no Fica serão positivas para o festival, especialmente em âmbito internacional. Durante entrevista ao AR, para exemplificar seu posicionamento, Raquel comentou que esteve recentemente com o adido cultural da Embaixada Americana no Brasil, Walter Kerr, e solicitou a ele auxílio para convidar o ecologista e político norte-americano Al Gore a participar do Fica, mas que não obteve retorno satisfatório. “Ele (Walter Kerr) me disse que o Al Gore consultou o Green Film Network e lá ele ouviu coisas do tipo ‘espere um pouco mais para o festival se consolidar como cinema e como ambiental’”, comentou.
 
Al Gore, conhecido por ter disputado a presidência dos Estados Unidos, em 2000, e lançado o documentário Uma Verdade Inconveniente, em 2006, é um dos militantes ecológicos mais respeitados em todo o mundo. “Então, essa é uma demanda inclusive internacional. Internacionalmente esse multiculturalismo não foi benéfico para o conceito original. Estamos retomando o conceito para fortalecer o cinema ambiental, até porque quero trazer o Al Gore aqui em algum momento”, declarou Raquel.
 

Comentários

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  • 26.07.2015 23:03 bianka santos de almeida

    Cada dia mais Goiás está se acabando a diminuição dos turistas cresce cada dia mais o desemprego tomou conta. o que poderia ser algo grandioso tiram verbas. Esta uma vergonha prefeitura com governo e tudo so querem aparecer ta um lixo É a verdade

  • 16.04.2015 17:51 Tiburon Mendez

    Podem observar que neste ano o número de acidentes na estrada será bem menor no dia do encerramento

  • 16.04.2015 17:50 Silvami

    A-do-rei a notícia. Neste ano eu vou pra Goiás.

  • 14.04.2015 22:33 Joao

    Eu gostava dos shows nos primeiros Ficas, depois foi ficando muito chato. Ninguém agüenta mais Gil e Caetano.

  • 13.04.2015 19:15 Não quero nem argumentar muito

    RIDÍCULO! É lamentavel a submissão da Raquel ao Marconi que novamente tá cortando verbas da cultura. Não obstante fexar a SECULT, ele vai fazer concursos pra PM, mas não investe em cultura. O mais vergonhoso é a conivência dessa Raquel com essa barbaridade. AL GORE?! Fala sério, papo furado, pra ela estar argumentando em defesa dum cabra feito o marconi ou ele molhou a mão dela, ou ameaçou e ela enfiou o rabo entre as pernas. Ainda buscou justificar o corte!!! Concordou em alguma medida! POR QUE?! Aí Raquel espero que leia isso, no caso de esse jornal presar pela liberdade de expressão. De qualquer forma se minha repulsa chegar a você, saiba que o que fez pela cultura deveria se envergonhar.

  • 12.04.2015 01:05 João Antônio Lacerda Filho

    Além do mais, será mesmo que essa justificativa deles é plausível? Já imaginou mudar toda a beleza de um evento por causa da opinião de um cara lá de fora. "Ahhh, mas foi o Al Gore... Tá, e daí?" O público sempre se manteve fiel e mesmo que fosse lá alguém meio desavisado, participava dos debates e mostras. O problema realmente não é esse, são problemas muito mais profundos que a Secretaria da Cultura quer tratar com doses homeopáticas. A cidade é arte, inspira música, existem bandas goianas muito boas que poderiam constar da programação, chamando público. A intenção, principalmente a preocupação ambiental, conclama a participação de um maior número de público e o que vai acontecer terá um efeito diametralmente oposto. Uma lástima!

  • 12.04.2015 01:04 João Antônio Lacerda Filho

    Desculpe-me a miopia, mas eu não entendi como o fomento às atrações musicais do FICA descaracterizaram-no e disputavam a atenção do público com relação ao meio ambiente e cinema. Arte é arte. É indivisível e isto tornava singular o FICA. A queda de público, que com certeza irá ocorrer a exemplo do que houve no ano passado, será uma pedra no sapato da comunidade local e empresários e por que não ao público, que lá encontravam apresentações de estilos musicais olvidados no ano todo em Goiás. Inclusive, sabe-se de pessoas que, não sendo por meio do FICA, ficavam realmente sem ver show, pois se há uma coisa que se pode constatar em Goiás, essa coisa é a ausência de diversidade musical em grande parte do estado. Um exemplo: não consigo imaginar Nação Zumbi nessas cidades com menos de 20 mil habitantes. O Estado perde, a grandiosidade avistada no FICA se perde e assim também a sociedade goiana.

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