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Cidade de Goiás

Lançamento de “Hugo” e Mostra Uranium marcam 4º dia do Fica

Confira a programação completa | 23.06.17 - 10:42 Lançamento de “Hugo” e Mostra Uranium marcam 4º dia do Fica (Foto: Flávio Isaac/Fica)
Mônica Parreira
 
Cidade de Goiás –
O 19º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) chega ao quarto dia com Goiás no foco da programação. Além de shows com artistas locais, esta sexta-feira (23/6) será de exibições de filmes que lembram o acidente com o Césio 137, por meio da Mostra Uranium, e também contará com o lançamento de Hugo, filme do cineasta goiano Lázaro Ribeiro.
 
A Mostra Uranium é resultado de uma parceria inédita com o Festival de Cinema da Era Nuclear (International Uranium Film Festival), realizado no Rio de Janeiro. Serão oito filmes temáticos. Entre eles está Césio 137 – O Brilho Da Morte, de Luiz Eduardo Jorge. O cineasta goiano faleceu há menos de um mês e a exibição de seu documentário será uma homenagem do Fica.
 
Já a exibição documentário Hugo, de Lázaro Ribeiro, ocorre dentro da Mostra Paralela do Cinema Brasileiro e homenageia os 122 anos do nascimento do autor e os 100 anos da publicação de “Tropas e Boiadas”. O filme aborda a vida de um dos principais regionalistas brasileiros, Hugo de Carvalho Ramos.

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À noite terá uma inusitada mistura de viola caipira com baixo elétrico de Pedro Vaz e Jefferson Amorim. O show será às 19h30, na Igreja São Francisco. Mais tarde, às 20h30, no Palácio Conde dos Arcos, o cantor Nilton Rabelo canta seus maiores sucessos e canções consagradas da MPB. Às 21h15, a cantora Bruna Mendez apresenta o show O Mesmo Mar que Nega a Terra Cede à Sua Calma, baseado no seu CD autoral de mesmo nome.
 
O 19º Fica também conta com diversas atividades paralelas em sua programação, como seminários, oficinas e rodas de conversa sobre cinema e meio ambiente. Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público.
 
Confira a programação de filmes que serão exibidos nesta sexta-feira (23/6):
 
Mostra Competitiva
 
Local:
Cine Teatro São Joaquim e Cine Cora Coralina (UEG)
Horário: das 15h às 19h32
Filmes/sinopses:
 
- Aprés le Volcan (ficção, 18min), de Léo Favier (FRA): A terra treme, cinzas caem do céu. Há um fogo que os bombeiros não conseguem apagar. Os aldeões decidem se refugiar na floresta. Cercados por criaturas selvagens, uma nova vida começa.
 
- Strana Udeche (documentário, 26min), de Ivan Golovnev (RUS): Este filme nos leva ao mundo dos Udehe – um povo indígena do Extremo Oriente da Rússia. Segundo o censo de 2010, sua população caiu para 1.490 almas...          
 
- Extremos: Viaje a Karukinka (documentário, 26min), de Federico Molentino e Juan Manuel Ferraro (ARG): A Terra do Fogo vive um presente de oposições, de polaridades, de extremos. Suas paisagens, a flora e a contrastante cidade em incessante crescimento se oferecem como tela para projetar imagens da comunidade selk’nam, fazendo o presente e o passado conviverem num mesmo tempo narrativo. Através de mapeamento e montagem, a história articula a confluência de rituais próprios e condutas contemporâneas, em diferentes situações cotidianas da região. “Extremos” é um convite a refletir sobre o fato de que todos somos um mesmo ser.
 
- Ici, Personne Ne Meurt (documentário, 15min), de Simon Panay (FRA): Mina de ouro Perma, Benim. Alguns sonham encontrar algo, outros descobrem que não há nada a ser encontrado. Alguns cavam implacavelmente na esperança de se tornarem ricos, outros morrem no processo. E alguns deles dizem que aqui, ninguém morre.
 
- El Buzo (documentário, 15min), de Esteban Arrangoiz (MEX): Mergulhei no mar, mergulhei com meus filhos, eu gosto, mas prefiro aqui, como se fosse um espaço meu, onde posso fazer algo pelos demais. 


Tarja Preta (Foto: divulgação)
 
- Tarja Preta (documentário, 24min, BRA-PE): "Tarja Preta" é um curta documentário sobre uma pequena cidade do interior do Brasil, Itacuruba. Descobriu-se que se trata da cidade com o maior número percentual de pessoas que sofrem de depressão no País. Este projeto tenta através dos moradores, apresentar todas as ligações entre eles, sua cidade e seus medicamentos, para assim compreender melhor o que se passa lá e o que fez esta cidade ficar assim.
 
- Contagem Regressiva (documentário, 93min), de Luis Carlos de Alencar: A cidade do Rio de Janeiro foi dilacerada pela realização dos megaeventos. Durante a preparação para os Jogos Olímpicos, toda a já histórica tradição de violência de Estado e terrorismo racial se intensificou na cidade maravilhosa.
 
 
 
15ª Mostra ABD Cine Goiás
 
Local: Cineteatro São Joaquim
Horário: das 19h30 às 21h
Filmes/sinopses:
 
- Aquelas Ondas (experimental, 15min), de Rochane Torres (Goiânia): Um viajante em contato com outros mundos através de aparelhos digitais, expressa reflexões sobre direitos e conflitos de identidades e nacionalidades.
 
- A Câmera de João (ficção, 21min), de Tothi Cardoso (Goiânia): Uma faixa de luz passa por uma pequena perfuração, e se faz imagem. João descobriu que fotografias são heranças.
 
- Hora do Brincar (experimental, 9min), de Daniel Duarte: Um exercício sobre a observação do espaço, e do tempo de crianças e adolescentes ligados em suas comunidades.
 
- Algo do Que Fica (ficção, 23min), de Benedito Ferreira: Avó e neta estão de mudança da casa onde vivem no centro de Goiânia, ao lado do lote do acidente do Césio 137. Em breve a casa será demolida para a construção de um museu. Enquanto isso, uma estranha presença orbita pela casa.
 
- Real Conquista (documentário, 14min), de Fabiana Assis: Em Goiânia, no bairro Real Conquista, uma mulher, marcada por um forte passado de violência, luta por melhores condições de vida.
 
 
Mostra Paralela do Cinema Brasileiro
Local: Cineteatro São Joaquim
Horário: 21h
Filme/sinopse:
 
- Hugo (ficção, 28min), de Lázaro Ribeiro: Hugo é um filme de ficção baseado na vida do escritor goiano, o regionalista Hugo de Carvalho Ramos. É atemporal e perpassa pela infância do escritor, em sua relação de amor incondicional pelo pai e irmão, o que vai de encontro ao amadurecer literário e intelectual do jovem com seus anseios e dores da alma. Aborda sua curda vida na juventude, bem como o seu não lugar no mundo, sua paixão e nostalgia pelo sertão de Goiás.
 
Mostra de Lançamento
Local: Cine Cora Coralina
Horário: 9h
Filme/sinopse:
 
- Amazônia (documentário, 79min), de Sabrina Bogado e Matias Palma (BRA): Habitantes da florestas estão arriscando suas vidas para protegê-la e começam a entender que lutar contra o capital internacional significa criar instituições legais para preservar sua cultura.
 
Mostra em parceria com o Uranium Film Festival (30 anos do acidente com o césio 137 em Goiânia)
Local: Cineteatro São Joaquim
Horário: 21h30
Filme/sinopse:
 
- Sete Anos de Inverno (ficção, 22min), de Marcus Schwenzel (Alemanha/Dinamarca/Ucrânia): Um menino de 7 anos é explorado como catador de objetos de valor na zona de exclusão de Chernobyl para venda no mercado negro. Filmado em Chernobyl, esta ficção revela os efeitos devastadores do acidente nuclear até para quem nasceu décadas depois.

           
Sete Anos de Inverno (Foto: divulgação)

- Abita. Crianças De Fukushima (animação, 4min), de Shoko Hara e Paul Brenner (ALE): Esta é a história de 360.000 crianças de Fukushima que não podem mais brincar na rua por causa da contaminação radioativa. Sobre os seus sonhos e realidade. Um filme poético e muito sensível. O filme é o trabalho de conclusão de curso de Shoko Hara e Paul Brenner em Media Design na Baden-Wuerttemberg Cooperative University, Alemanha. Sob a orientação do Professor Klaus Birk, Alexander Hanowski e Martin Hesselmeier. 
 
- Quarto Escuro (animação, 4min), de Anna Luisa Schmid (ALE): Estamos assistindo um homem em sua rotina matinal. Ele não conhece as consequências de seus atos cotidianos para a sustentabilidade do Planeta. A energia elétrica está conectada à produção nuclear, à mineração do urânio e às contaminações de substâncias radioativas no ambiente.
 
- Pedra Podre (documentário, 26min), de Eva Lise Silva, Ligia Girão, Stela Grisotti e Walter Behr (BRA-RJ): Seria cômico se não fosse trágico. No litoral sul do Rio de Janeiro, em Angra dos Reis, na praia de Itaorna, cujo nome significa Pedra Podre na língua indígena, foi o local escolhido para a construção das usinas nucleares do Brasil, Angra 1, Angra 2 e agora Angra 3. Com humor irônico, o filme mostra que, em caso de um acidente nas usinas, a segurança oficial e o plano de evacuação para proteger a população local e os turistas são, no mínimo, uma piada.  A grande questão é: o que mudou de lá para cá?
           
- A Curiosidade Mata (ficção, 14min), de Sander Maran (Estônia): O uso de elementos radioativos não se resume à produção de eletricidade, estando presente na agricultura, indústria e medicina. Todos esses usos produzem igualmente ambientes de risco que precisam ser informados à população. Esta divertida ficção alerta para o perigo da manipulação acidental de substâncias radioativas, como ocorreu em Goiânia.
 
- Amarelinha (ficção, 4min), de Angêlo Lima (BRA-GO): Uma das primeiras vítimas do acidente radioativo em Goiânia, com o césio-137, foi uma criança de 6 anos. Onde ficou os seus sonhos e brincadeiras?
 
- Césio 137 – O Brilho Da Morte (documentário, 24min), de Luiz Eduardo Jorge (BRA-GO): O filme aborda as consequências de quem foi exposto direta ou indiretamente pelo acidente radiológico de Goiânia, ocorrido em 1987, e evidencia a falta de preparo daqueles que deveriam orientar formas de prevenção. Os relatos nos fazem refletir sobre o conhecimento técnico existente nos órgãos de fiscalização e controle para o caso de um acidente com material radioativo. A falta de informação alimenta até hoje a estigmatização dos contaminados que sobrevivem com extrema dificuldade, e dos moradores das áreas próximas aos locais onde a fonte do aparelho radiológico foi violado num ferro velho.
 
- Revista Da Morte (documentário, 32min), de Laércio Tomaz (BRA-ES): O uso de radiação ionizante na inspeção de segurança dos presídios de Vila Velha e Viana, no Espírito Santo, podem ter causado 22 abortos em série. Tanto nos hospitais quanto nos portos, aeroportos e presídios, os trabalhadores, pacientes e clientes são expostos à radiação sem o menor controle das doses absorvidas. O problema revelado no filme é sistemático e se repete em todo o país.

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