Alexandre Parrode
Goiânia - Em clima de confraternização, o deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO) reuniu, na última segunda-feira (31/3) jornalistas e convidados para anunciar que não será candidato a reeleição neste ano.
No restaurante, Mabel fez questão de agradecer à mídia pela cobertura de seus seis mandatos (um como estadual e os outros como federal), reafirmando que cumpriu seu papel como parte do Legislativo. "Quero focar no Executivo, minha fase como deputado já passou", explicou.
Leia mais:
Durante todo o evento, o peemedebista fez questão de enfatizar que, mesmo com "uma reeleição à Câmara garantida", quer costurar uma candidatura à prefeitura em 2016. "Talvez Goiânia, talvez Aparecida... O que conseguirmos viabilizar", ponderou.
Jantar foi realizado no Assoluto, na última segunda-feira (31/3) (Fotos: A Redação)
Críticas
Mabel fez questão de falar sobre a atual gestão do governador Marconi Perillo que, segundo ele, "só começou a trabalhar mesmo quando percebeu que estava mal nas pesquisas de opinião."
Na sucessão ao Palácio das Esmeraldas, o deputado deixa claro que apoia a candidatura de Junior Friboi como nome do PMDB. No entanto, não descarta apoio a um outro nome da oposição, o peessebista Vanderlan Cardoso. "Continuarei atuando em Goiás, apoiando o projeto do Junior [Friboi] ou do Vanderlan, um político que admiro muito", ressaltou enquanto discursava.
As críticas ficam mais intensas em relação ao Partido dos Trabalhadores. Sandro Mabel acredita que Antônio Gomide sairá candidato ao governo do Estado, só não acha que ele irá adiante no pleito. "Gomide vai sair candidato, só que não chega ao segundo turno", resumiu.
Mabel compõe a ala peemedebista que apoia a candidatura de Junior Friboi e ressente a debandada do PT. "A aliança com eles [petistas] não foi quebrada, o que foi quebrado foi o acordo feito em 2012, quando apoiamos Paulo Garcia à prefeitura de Goiânia", explicou em entrevista. E segue: "O PT, lançando Gomide, não está cumprindo sua palavra de apoiar o PMDB ao governo do Estado, independete do candidato".
Mas quem esteve mesmo na mira do peemedebista durante o encontro foi a presidente Dilma Rousseff.
Mabel não poupou adjetivos negativos ao falar da petista, a qual considera frágil e mal preparada. Citou a CPI da Petrobras que, segundo ele, pega no âmago da presidente. "É o que ela mais dizia saber fazer, mas não soube fazer direito", lamentou. "O caso de Pasadena é só a ponta do icebergue, tem muita coisa para aparecer ainda".
Lula
O peemedebista colocou ainda mais lenha na suspeita que corre pelos corredores do Congresso de que Dilma não tentaria a reeleição, apesar de Lula já ter anunciado que não é candidato. "Lula será o candidato e isso muda, completamente, o jogo. Ele está só esperando a Copa passar para assumir a Eleição", arrematou.
Os motivos de tal desconfiança? "A presidente é muito frágil, ela não tem time, qualquer adversidade abala a credibilidade de Dilma. Lula, não. Ele tem torcida, é como o Corinthians, pode estar na 5ª divisão que a massa está lá, firme e forte".
(Foto: site da Câmara)
