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Eleições 2014

Em debate, Dilma e Marina polarizam críticas e questionamentos

Confira os momentos de destaque do programa | 01.09.14 - 20:24 Em debate, Dilma e Marina polarizam críticas e questionamentos .
Adriana Marinelli e Carolina Pessoni

Goiânia -
Os sete principais candidatos que disputam a eleição presidencial participaram, nesta segunda-feira (1°/9), do segundo debate. O evento, promovido pela Folha de São Paulo, Uol, SBT e Jovem Pan, contou com a presença de Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Aécio Neves (PSDB), Pastor Everaldo (PSC), Luciana Genro (PSOL), Eduardo Jorge (PV) e Levy Fidelix (PRTB).
 
Como aconteceu no primeiro debate, transmitido pela Bandeirantes na última semana, os candidatos voltaram a abusar dos ataques e provocações. Os principais alvos foram a candidata à reeleição Dilma Rousseff e Marina Silva, que está subindo nas pesquisas de intenção de voto.
 
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Dividido em quatro blocos, sendo o primeiro com tema livre, o debate foi iniciado, conforme definição por sorteio, com Dilma direcionando a primeira pergunta a Marina. "Você disse que vai antecipar 10% do PIB para a Educação, 10% da receita bruta da União para a Saúde e passe livre para estudantes de escola pública. No total, são despesas de R$ 140 milhões. De onde vai tirar os recursos", perguntou a petista.
 
De forma direta, Marina iniciou suas palavras dizendo que não se trata de promessas que são "compromissos". "Vamos fazer com que o orçamento seja acrescido com o incremento da receita com o orçamento inteligente", respondeu. "Quando é dinheiro para banqueiro ninguém questiona de onde vem o dinheiro. O que nós vamos fazer são escolas corretas", alfinetou.
 
Direcionado à candidata à reeleição, Eduardo Jorge falou sobre o aumento da violência registrada no Brasil nos últimos anos e criticou a atual situação das penitenciárias do país. O candidato ressaltou o fato do PT não ter conseguido solucionar o problema em 12 anos. Em resposta, Dilma afirmou que só no governo dela foram investidos mais de R$ 17 bilhões na área. "Mais do que o dobro dos governos tucanos."
 
Luciana Genro perguntou a Aécio Neves sobre o fator previdenciário, criado pelo governo tucano, que desvincula o reajuste das pensões juntamente com o salário mínimo. "O que o candidato irá fazer nessa áera?", perguntou. O candidato do PSDB afirmou que o assunto está sendo discutido com os aposentados. "Estamos discutindo melhorias e reajustes dignos nos salários, para que não percam seu poder de compra. Faremos reajustes que sejam dignos."  
 
Ainda no primeiro bloco, Pastor Everaldo ressaltou que dos 39 dos ministérios existentes, nenhum trata exclusivamente da Segurança Pública e perguntou a Levy Fidelix quais são as propostas dele para a área. "Devemos botar para a frente a PEC 300 para que melhorem os salários dos nossos policiais. Devemos privatizar as penitenciárias, reduzir a maioridade penal e melhorar o policiamento nas fronteiras", defendeu. 
 
2° bloco
No segundo bloco, quando jornalistas fizeram perguntas aos candidatos, Marina Silva foi a primeira a responder. "A senhora recebeu mais de um milhão de reais de palestras, mas não revela quais são as fontes. A senhora acredita que essa cláusula de confidencialidade condiz com a nova política?", questionou o jornalista Fernando Rodrigues, da UOL.

Marina afirmou que sua vida pessoal não deve ser relacionada com sua vida pública. "A vida toda eu trabalhei como professora, e quanto fui parlamentar nunca cobrei por qualquer palestra. Já dei mais de 200 palestras gratuitas", garantiu.
 
Dilma foi questionada sobre a queda na economia brasileira e, também de forma direta, a petista afirmou que a "queda da atividade econômica atual é momentânea."
 
"O caso da compra de votos para a aprovação da emenda da reeleição, no governo FHC, não foi investigado pelo procurador-geral da República. O caso do cartel dos trens em São Paulo só passou a ser investigado depois da apuração de autoridades internacionais. O governo do PSDB é sinônimo de impunidade?", perguntou o jornalista Kenedy Alencar a Aécio Neves.

O tucano afirmou que a "marca do PSDB é a marca da austeridade". "Jamais transformamos aliados do partido em heróis nacionais. Nós temos que permitir que a Justiça faça seu trabalho. Nós vamos iniciar um novo ciclo de governança, com meritocracia, sem essa máquina inchada atualmente."
 
Assuntos polêmicos
Patrick Souza, da Jovem Pan, levantou que uma pesquisa Datafolha revela que a maioria da população é contra a legalização das drogas e do aborto. "O que o senhor acha disso?", perguntou a Eduardo Jorge. Acostumado a abordar esses temas em seus discursos, o candidato afirmou que atualmente cerca de 600 mil mulheres morrem por ano ao fazerem abortos clandestinos. "Falta coragem de discutir com o povo que existem movimentos mais inteligentes do combate às drogas", disse. 
 
Outro assunto delicado foi levantado pelo jornalista Fernando Rodrigues, que fez pergunta ao Pastor Everaldo. "O senhor defende valores de família, mas o senhor é acusado por uma mulher de agressão em ação que corre no STF. Quero saber qual a sua política de violência doméstica", disse. Pastor Everaldo afirmou que o tribunal do Rio de Janeiro o livrou da acusação. "Eu sou uma pessoa que luta pela família. Nunca agredi uma mulher", garantiu.

Considerações finais
Em suas consideranções finais, o candidato do PV, Eduardo Jorge, agradeceu o espaço e chamou os eleitores para continuar o debate em seu site na internet. Já Marina Silva afirmou que não é pessimista, nem otimista, mas sim persistente. Levy Fidelix foi categórico ao afirmar que o momento é de mudança e que se sente vitorioso mesmo se não vencer as eleições.

A candidata à reeleição Dilma Rousseff reforçou a mensagem de seu programa eleitoral afirmando que ainda não está satisfeita com seu governo e que preparou o Brasil para um novo ciclo de crescimento. O tucano Aécio Neves direcionou seu comentário a Marina Silva, afirmando que a candidata pessebista não consegue superar as contradições em seu projeto e que ele representa uma "mudança segura".


Luciana Genro pediu ao eleitor "uma chance" para a esquerda coerente, dizendo que Direitos Humanos não são negociáveis e que é preciso estar ao lado do povo. Por fim, Pastor Everaldo reafirmou seus ideais dizendo ser contra o aborto, a legalização das drogas e o casamento entre pessoas do mesmo sexo. 
 


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