A Redação
Goiânia - O candidato à reeleição ao governo de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), concedeu entrevista nesta segunda-feira (13/10) ao programa Balanço Geral, da TV Record Goiás. Durante a entrevista, o governador abordou temas como segurança pública e saúde.
Marconi também aproveitou para falar sobre as afirmações que seu adversário, Iris Rezende (PMDB), tem feito nas propagandas eleitorais.
Segurança
Questionado sobre a afirmação de Iris de que, se eleito, dobrará o efetivo da polícia goiana, Marconi reiterou que para que isso ocorra, o governo do Estado precisaria acrescentar mais R$ 1,8 bilhão ao orçamento destinado ao setor. “É uma proposta inexequível e demagógica. Tenho falado muito sobre este assunto e feito um compromisso que, se for reeleito, vou fazer uma cruzada no Brasil para que a legislação penal seja mudada. O Código Penal é de 1940. Precisa mudar. A lei é frouxa. A polícia investiga, prende, mas a legislação manda soltar”, reforçou, lembrando em seguida que o governo estadual investiu, neste ano, mais de R$ 1,6 bilhão em segurança.
Marconi defendeu que uma das medidas essenciais para eliminar os problemas relacionados à Segurança Pública é colocar metade do efetivo das Forças Armadas para vigiar as fronteiras. Outro é, diplomaticamente, dar um ultimato aos países que permitem a produção e exportação de drogas para o Brasil e ameaçá-los com o rompimento de empréstimos a juros baixos caso eles não tomem medidas duras para coibir essa vinda de drogas para cá.
O governador destacou que o Comando de Operações de Divisas (Code), criado há dois anos, fez a apreensão de 22 mil quilos de drogas. “Foi uma medida muito positiva. Quanto ao fechamento das fronteiras, se fizermos isso, vamos diminuir muito a criminalidade e os homicídios no Brasil”, observou.
Dependentes químicos
Sobre as obras dos Centros de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeqs), Marconi explicou que as unidades ainda não foram concluídas em virtude do tempo que foi preciso empreender no debate com as comunidades psiquiátricas sobre qual seria o melhor conceito na execução dos projetos e licitações para dar início às obras. Ressaltou, ainda, que o de Aparecida de Goiânia está praticamente pronto.
“Nós já fizemos o chamamento de uma Organização Social (OS) que ganhou a licitação e está treinando o pessoal e cuidando dos equipamentos da unidade. Os de Caldas Novas, Morrinhos, Quirinópolis e Goianésia estão com mais da metade das obras prontas. O Credeq será um dos melhores projetos de recuperação em dependência química do Brasil. Acho que não haverá um projeto tão bem feito e com um conceito tão bonito como este que nós estamos fazendo. Vai ser um modelo para o país”, afirmou.
Marconi cumprimenta o apresentador Oloares Ferreira. (Foto: Divulgação)
Saúde
Marconi foi questionado sobre afirmação do governadoriável Iris Rezende, veiculada em programa eleitoral, de que o governo estadual abandonou hospitais no interior. “A campanha do Iris tem sido baseada na mentira, lamentavelmente. O absurdo que existe hoje são os Cais, os hospitais municipais e os postos de saúde, que são de responsabilidade das prefeituras. Quem for ao Crer, ao Hugo, HGG, HDT, ao HMI, ao Huapa, em Aparecida, e ao Huana, em Anápolis, vai ver a diferença que estamos fazendo na saúde pública”, disse.
O candidato observou que grande parte das unidades de saúde é municipal. “Os hospitais no Entorno de Brasília são das prefeituras. O de Santo Antônio do Descoberto conseguimos recentemente que o prefeito repassasse para o governo estadual; fizemos um acordo com o governo federal e já estamos terminando aquele hospital. Vamos assumir aquela unidade. Estamos terminando o Hugo 2, que vai ter 480 leitos. O Hospital de Águas Lindas é municipal, está abandonado há quase oito anos. O que estamos fazendo: pedimos ao prefeito que repasse o hospital para o Estado, e ele concordou; já fizemos um acordo com o Ministério da Saúde, que vai nos ajudar com os equipamentos, e quando o hospital for transferido para o governo do Estado, vamos transformá-lo como fizemos com o HGG”, explicou.
“Infelizmente, na televisão meu adversário está colocando coisas que não são verdadeiras. São hospitais municipais que ele está dizendo que são de responsabilidade nossa. Por outro lado, estamos ajudando hospitais como o Hospital do Câncer, as Santas Casas, o Hospital São Pedro de Alcântara, em Goiás, o de Queimados a fazer 1.500 cirurgias, a Villa São Cottolengo; prefeituras como a de Jataí, que é administrada pelo PMDB, mantendo as UTIs”, acrescentou.
Ao rebater as críticas, Marconi questionou a gestão de Iris na prefeitura de Goiânia. “Eles que deveriam explicar o caos dos Cais aqui em Goiânia, e mais: O Iris deixou o Hospital Geral de Goiânia fechado por oito anos. Nunca construiu um hospital. É um absurdo que tenham coragem de vir para a televisão mentir em relação a uma coisa tão séria que é a saúde pública”, enfatizou.
Friboi
Perguntado sobre o motivo que levou o ex-pré-candidato ao governo do Estado Júnior Friboi a apoiá-lo, Marconi destacou que o empresário não obteve espaço no PMDB. “O problema de Júnior com Iris é que Iris manda e desmanda no partido dele há 50 anos. Eu saí do PMDB há 20 anos por isso, e muitas pessoas que saíram do PMDB também o fizeram por essa questão. Ele não deu espaço para o Júnior, para o Vanderlan (Cardoso, ex-candidato ao governo pelo PSB), e de repente quer cobrar que essas pessoas o apoiem. Júnior tomou essa decisão porque chegou à conclusão de que não dá mais para conviver com esse coronelismo. Fiquei honrado com o apoio dele. É um empresário que gera muitos empregos em Goiás e no país”, declarou.
Projetos
Marconi pontuou que, caso seja reeleito, quer melhorar os serviços que foram prestados na atual administração e aumentar o volume de obras. “Vamos consolidar a Rede Hugo, Ame e Credeqs. Na educação, Goiás era o 16º no Ideb no Ensino Médio, nós conseguimos levá-lo ao primeiro lugar no Brasil. No Ensino Fundamental, saltamos do 15º para o 2º lugar. Repassamos recursos para reforma de 1.080 escolas, 520 quadras cobertas, começamos a repassar os notebooks do projeto Escola Digital. Com o acordo da Celg, teremos condições de investir R$ 500 milhões em energia”, ressaltou.
Para o crescimento econômico do Estado, o candidato tucano propõe mais investimento na qualificação dos trabalhadores. “Goiás multiplicou, nos meus mandatos, a exportação por 20. Geramos um milhão de empregos. Goiás tinha um ‘pibinho’ de R$ 17 bilhões, e hoje chegamos a R$ 150 bilhões, e toda essa riqueza tem sido revertida para a população. Vamos investir muito na qualificação de mão de obra, na pesquisa, na Ciência e Tecnologia que vai ser um grande diferencial”, afirmou.
(Foto: Divulgação)
