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Finanças

Inadimplência é menor entre consumidores mais jovens, diz pesquisa

Levantamento foi feito pelo SPC | 25.10.14 - 17:27 Inadimplência é menor entre consumidores mais jovens, diz pesquisa (Foto: SPC)
Yuri Lopes
 
Goiânia
– Um levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), mostra um resultado que surpreende quem acha que o jovem brasileiro não sabe gastar dinheiro com sabedoria.
Segundo o levantamento, o indicador de inadimplência apurado mostra que o aumento das dívidas em atraso apresenta comportamento diferente a depender da faixa etária do consumidor.  No mês de setembro deste ano, a alta do número de dívidas atrasadas foi de 5,07% na comparação com o mesmo período de 2013, mas apresentou queda de 3,25% dentre os brasileiros com idade entre 18 e 24 anos.


 
Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o adiamento da entrada na vida adulta dos brasileiros tem feito com que muitos jovens deixem de se endividar com bens de alto valor como imóveis e carros. "Os jovens brasileiros têm adiado a sua entrada no mercado de trabalho e por conta disso, a inadimplência entre os mais jovens vem apresentando taxas de crescimento menores do que as demais faixas etárias na sociedade", afirma a economista.
 
Os dados do IBGE confirmam este panorama: há uma menor participação dos mais jovens no mercado de trabalho. Em setembro de 2010, a taxa de participação dos jovens entre 18 e 24 anos havia sido de 70,6%. Em setembro de 2014, a taxa passou para 65,4%.
 
Outro fator destacado pelos economistas é o adiamento da saída da casa dos pais e o crescimento do contingente de universitários. De acordo com o Censo Demográfico do IBGE, em 2000, 36,56% das pessoas entre 20 e 24 anos eram casados ou viviam em união estável. Em 2010, esse número havia caído para 34,21%. Já a população de estudantes que ingressam nas universidades cresceu mais de 76% em dez anos, segundo dados do INEP de dezembro de 2013.
 
Já os brasileiros da chamada geração "nem-nem", que nem estudam e nem trabalham têm crescido nos últimos anos e na média equivalem a 19,6% do total desta população, segundo o IBGE.
 
"Mas há também uma parcela significativa de jovens que em conseguido se dedicar a mais anos de estudo em detrimento da entrada prematura no mercado de trabalho e dessa forma, continuam morando na casa dos pais, retardando a sua entrada no mercado de trabalho e o consumo de bens com valor mais alto", afirma a economista.
 
Bancos e cartões como vilões
A abertura dos dados por setor credor - ou seja, aqueles para os quais o consumidor está devendo - mostra que os bancos são os principais detentores das dívidas em atraso dentre os mais jovens: 43,03%. Esse número, no entanto, não difere da média de todas as faixas etárias que é de 44,43%. Em segundo lugar vem a participação do segmento de comércio com 27,79%.


 
De acordo com pesquisa recente realizada pelo SPC Brasil, dentre os inadimplentes de 18 a 24 anos, mais de 40% dos entrevistados atribuem o nome sujo ao uso descontrolado dos cartões de loja (44%) e cartões de crédito (43%). Em terceiro lugar ficaram os empréstimos de bancos ou financeiras (18%).
 

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