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Agronegócio

Prejuízos da seca podem chegar a R$ 1,2 bilhão em Goiás

Produtores procuram minimizar impactos | 24.01.15 - 10:23 Prejuízos da seca podem chegar a R$ 1,2 bilhão em Goiás (Foto: Larissa Melo)
A Redação

Goiânia - 
Produtores de soja, milho e algodão se reuniram na sexta-feira (23/1) para discutir as formas de minimizar os prejuízos da seca em Goiás. De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), a perda geral pode chegar a até 15% da produção em Goiás – o que representa cerca de R$1.4 milhão de toneladas. A estimativa é de que os prejuízos cheguem a R$1.2 bilhão. 
 
O encontro foi realizado na sede Faeg, em Goiânia, e contou com a presença de mais de 50 produtores além do presidente José Mário Schreiner; do presidente da Aprosoja Goiás, Bartolomeu Braz e de representantes da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), do Banco do Brasil e de associações e instituições relacionadas ao setor.
 
Pelo segundo ano consecutivo, o veranico e a falta de chuvas causaram danos irreversíveis ao produtor goiano. Consequências estas que, de forma indireta, chegarão primeiramente à indústria e, em seguida, ao consumidor final. Se alguns prejuízos se confirmarem nas produções de feijão, o aumento do preço pode ser mais imediato nas prateleiras dos supermercados. Mesmo com o retorno das chuvas nos últimos dias, as perdas já são irreversíveis, pois o período seco coincidiu com um momento fundamental para as lavouras, que é a fase de florescimento e enchimento de grãos, momento em que as plantas têm as maiores exigências por água. 
 
Outro fator que agrava esta situação são as altas temperaturas registradas neste início de ano. Este calor associado a baixa umidade afeta diretamente o desenvolvimento das lavouras, causando abortamento de folhas, flores e vagens, menor peso de grãos e consequente queda no potencial produtivo das lavouras. Entre os cultivos afetados, o destaque fica por conta da soja, mas prejuízos em lavouras de milho e feijão também foram relatados pelos participantes do encontro. 
 
Na safra passada, 2013/14, as chuvas começaram mais cedo e, por volta de 10 de outubro de 2013, grande parte dos produtores já havia iniciado o plantio da soja, principal cultura do estado durante o verão, que ocupa mais de 75% da área plantada. Nesta safra, 2014/15, as chuvas foram tardias e, por volta de 20 de outubro, muitos produtores ainda não haviam começado o plantio. O veranico e a seca atingiram agora não somente a fase dos enchimentos dos grãos, mas todas as fases do plantio em diferentes regiões, como a fase de flor, enchimento e secagem dos grãos. 
 
Para o presidente da Faeg, José Mário Schreiner, 2015 tende a ser um ano de maior insegurança. “Em 2014 tivemos seca em locais mais pontuais. Neste ano o quadro se agravou porque Goiás todo sofre com a seca. Os reflexos finais ainda dependem do clima que ainda está por vir nas próximas semanas, mas os impactos já são grandes. Não podemos esquecer que o setor agropecuário é responsável por 80% da exportação em Goiás e 70% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. A situação é preocupante, e muito!”, finalizou. 

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