Presos quatro acusados pela morte de Polyanna

A Redação

Mais de dois anos depois do assassinato da publicitária Polyanna Arruda, a Polícia Civil anunciou, na manhã desta quarta-feira (20/12), a prisão de quatro pessoas acusadas de participar do crime. De acordo com a Polícia Civil, três homens foram presos em Goiânia na manhã desta terça-feira (20/12) e outro, Assad Haidar de Castro, foi preso na madrugada de ontem em Mato Grosso. Os quatro devem ser apresentados pela Polícia Civil nesta quarta-feira (21/12).

A mãe de Polyanna, Tânia Borges, se mostrou aliviada com o anúncio e agradeceu o trabalho da polícia, mas ainda se diz apreensiva com o processo judicial. “A gente descansa um pouco, mas precisamos saber se realmente são eles os responsáveis para que haja condenação”, afirmou Tânia, que em setembro, quando se completaram dois anos da morte de Polyanna, se reuniu com os delegados responsáveis pelo caso e entregou um abaixo-assinado com 12,5 mil assinaturas ao Ministério Público para cobrar o auxílio da Polícia Federal nas investigações.
 

Delegada geral da Polícia Civil, Adriana Accorsi, conversa com os pais de Pollyana Arruda na tarde desta terça-feira (Foto: Fernando Leite)

Caso
A publicitária foi morta em 2009. No dia 23 de setembro, Polyanna saiu de casa para ministrar uma palestra a estudantes na Semana de Publicidade e Propaganda da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), no Jardim Goiás. Ela era sócia, com o marido, da agência Inédita Propaganda. Polyanna foi vítima de uma quadrilha especializada em roubo de veículos, que a rendeu e levou para o Residencial Humaitá, às margens do Córrego Caveirinha, na região norte de Goiânia. O grupo havia saído para roubar três Prismas encomendados por um receptador, identificado como Diango.

Depois de render Pollyanna, Assad Haidar de Castro e Lavonierri da Silva Neiva teriam decidido estuprá-la. A publicitária foi espancada e morta com sete tiros e o carro foi abandonado. A quadrilha fugiu em um Clio prata e o Prisma foi encontrado na mesma manhã, parcialmente queimado, no Residencial Caraíbas, com a bolsa e os documentos da publicitária. Em 14 de dezembro de 2010,  Marcelo Barros Carvalho confessou participação no latrocínio e contou, com detalhes, como tudo aconteceu.  Ele ainda afirmou que os companheiros de crime eram Assad e Lavonierri.

Membros assassinados
O Clio usado no crime foi repassado a Luciano Assis Santos, 21, que seria responsável por guardar o carro. Com a morte do avô, o integrante da quadrilha usou o veículo para ir ao enterro e desagradou os autores do crime. No dia 23 de novembro de 2009, ele saía de casa quando foi abordado por dois indivíduos que estavam em uma motocicleta de cor escura. Eles pararam, o carona desceu e atirou várias vezes contra Luciano, que morreu no local.

O Clio foi levado pelos atiradores e repassado a Edson Pereira de Paula, conhecido como Porquinho. No início de dezembro de 2009, a polícia o prendeu em flagrante por receptação, mas Edson ganhou liberdade provisória três dias depois e não foi visto novamente.O segundo membro do grupo a ser assassinado foi Lavonierri da Silva Neiva, 24. Em 2 de dezembro de 2009, ele morreu em susposta troca de tiros com policiais militares. Lavonierri dirigia um Prisma, que havia acabado de roubar no Jardim Atlântico e suspeita-se que Deberson Ferreira Leandro, 27, outro integrante da quadrilha, estava no carro. Deberson teria entregado Lavonierri aos PMs.

Último a morrer, Deberson estava em um telefone público na esquina da Rua Barão de Mauá com a Couto Magalhães, na Cidade Jardim, na Região Sudoeste de Goiânia, quando foi assassinado. O crime ocorreu no dia 17 de fevereiro de 2010, por volta de 21h50. Moradores disseram à polícia que um homem chegou em um Gol branco, desceu do veículo, chamou pela vítima e atirou três vezes, acertando a cabeça de Deberson.

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