Catherine Moraes
Os suspeitos de matar a publicitária Polyanna Arruda serão ouvidos em audiência restrita no próximo dia 18 de abril. Diango Gomes Ferreira, Leandro Garcez Cascalho, Marcelo Barros Carvalho e Assad Haidar de Castro serão ouvidos pelo juiz Wilton Müller Salomão às 8 horas na sala de audiências da 8ª Vara Criminal, localizada no Fórum Criminal Fenelon Teodoro Reis, no Jardim Goiás, em Goiânia. Na ocasião, o perito irá prestar esclarecimentos assim como as testemunhas.
Os quatro são suspeitos de envolvimento no assassinato da publicitária Polyanna Arruda Borges Leopoldino, em 23 de setembro de 2009. Todos foram denunciados pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) sendo que Assad e Marcelo, por latrocínio (roubo seguido de morte); ocultação de cadáver; estupro e formação de quadrilha, enquanto Diango e Leandro poderão responder por roubo qualificado e formação de quadrilha.
De acordo com a denúncia, Assad e Marcelo, juntamente com Lavonierri e Deberson, mortos após o crime, atacaram a publicitária para roubar o veículo Prisma Maxx preto solicitado por Diango, para atender a uma encomenda feita por Leandro, proprietário da empresa Batidos.Com.
O crime
Em um dia de rotina, Polyanna Arruda Borges saiu de casa às 7h30 para ministrar uma palestra a estudantes na 4ª Semana de Publicidade e Propaganda da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), no Jardim Goiás. O grupo, formado por Assad, Marcelo, Lavonierri e Deberson estava em um Gol e avistaram o prisma de Polyanna. Ela foi abordada por Assad que estava em porte de uma arma e anunciou o assalto.
A publicitária foi obrigada a entrar na parte traseira do carro e Lavonierri teria assumido a direção, ao lado de Deberson. Assad dominou Polyanna no banco de trás e eles teriam começado a assediá-la sexualmente. Marcelo assumiu a direção do Gol e os seguiu. Em depoimento, Marcelo afirmou à polícia que Assad e Lavoinierre haviam cheirado cocaína.
Ela foi levada para para o Residencial Humaitá, às margens do Córrego Caveirinha, na Região Norte de Goiânia onde foi violentada, agredida e assassinada. De acordo com uma carta de confissão de Marcelo, a violência sexual teria sido praticada por Assad, Lavonierri e Deberson. Como a vítima teria atingido Lavonierri com uma pancada, fato sustentado pelo MPGO, Assad reagiu, começou a atirar e atingiu Polyanna com oito tiros. Neste instante, os quatro deixaram o local do crime levando os veículos.
Carro rejeitado
Em seguida, ligaram para Diango e contaram sobre o assassinato. O receptador teria determinado que o carro fosse abandonado, já que estaria “sujo”. Os integrantes fugiram em um Clio prata.
O Prisma foi encontrado na mesma manhã, parcialmente queimado, na Rua Xavante, no Residencial Caraíbas, por policiais militares acionados por moradores da região. Dentro dele estavam a bolsa com todos os documentos e pertences da publicitária e um notebook.
Por volta de 18h30 do dia 24 de setembro de 2009, um homem encontrou Polyanna morta e nua, sob um barranco às margens do Córrego Caveirinha. De acordo com a denúncia, para atender a encomenda feita, o grupo roubou um outro prisma preto no mesmo dia, de propriedade da empresa Pirassununga.
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