Mônica Parreira
Goiânia - Comum neste período do ano, a estiagem não vai prejudicar o abastecimento de água em Goiás, mas o gasto exagerado de água é motivo de preocupação. Dados divulgados pelo presidente da Saneago, Júlio Cezar Vaz, na manhã desta segunda-feira (1/9), mostram que houve aumento de 30% do consumo nos últimos dez dias.
Os gastos excessivos com água tratada ocorrem com a elevação da temperatura no Estado. Em Goiânia, o termômetro chegou a ultrapassar a marca dos 30º C na semana passada, e a tendência é que o clima continue quente. "Pedimos que as pessoas sejam comedidas e gastem só o que precisam gastar. Só deve voltar a chover no final de setembro ou início de outubro", disse o presidente.
Atualmente, a Saneago atende cerca de 225 municípios goianos e, segundo Júlio Cezar, não haverá necessidade de racionamento em Goiás. Para ele, a ocasional falta de água, registrada em alguns bairros da capital ou demais municípios, não significa que o nível do reservatório esteja precário. "Nosso sistema é elétrico, mecânico e hidráulico. Qualquer falha pode ocasionar o não abastecimento, como rompimento de adutora, por exemplo", justificou.
Sistema Mauro Borges
Previsto para ser entregue em outubro, o Sistema Produtor Mauro Borges deve reforçar o abastecimento de água à população de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade e Goianira. Atualmente, o reservatório conta com 180 milhões de litros de água armazenada e tratada. O número deve aumentar em 40 milhões depois que o sistema estiver em pleno funcionamento.
"Os problemas enfrentados pela população de Aparecida de Goiânia devem ser solucionados assim que o Sistema Mauro Borges começar a funcionar. Com ele, também vamos levar água para Trindade, Goianira e, posteriormente, Aragoiânia", finalizou.