Mônica Parreira
Goiânia - Dezenas de pessoas se reuniram neste sábado (13/9) na região central de Inhumas (GO) para protestar contra homofobia e ao mesmo tempo homenagear João Antônio Donati. O jovem de 18 anos, que era homossexual, foi encontrado morto por asfixia na quarta-feira (10).
Na sexta-feira (12), a polícia prendeu Andrie Ferreira da Silva, 20 anos, que assumiu a autoria do crime. Segundo as investigações, o suspeito não deixou claro a motivação do assassinato, mas chegou a afirmar que não é homofóbico.
Ainda segundo Chyntia, a legislação falha por não tipificar crimes homofóbicos. "A falta de uma lei permite a descaracterização do crime. É uma medida urgente na sociedade brasileira, um clamor social necessário”, alerta.
"A descaracterização do caso como homofóbico pode reduzir a pena do assassino, caso seja condenado. Além de descaracterizar por um crime qualificado, com motivo torpe, passa a ser um crime passional, em vez de ter uma qualificadora que aumente a pena do crime, tem uma diminuição de pena”, informa a advogada.
O crime
O corpo de João Antônio foi encontrado em um terreno baldio de Inhumas (GO), com sinais de violência e uma sacola na boca.
Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) informa que a vítima chegou a lutar contra o agressor antes de morrer.
Dois dias depois, a polícia chegou até o principal suspeito do assassinato. O jovem teria deixado cair sua carteira de identidade no local do crime. Durante depoimento, o suspeito disse que teve relação sexual com João Antônio e, em um segundo momento, houve uma discussão que provocou o homicídio.