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Guerra no Oriente Médio

Secretário-geral da ONU saúda ataques aéreos na Síria

Navios disparam mísseis de longa distância | 24.09.14 - 00:31 Secretário-geral da ONU saúda ataques aéreos na Síria Síria escombros (Foto: Edlib ENN/Network News)

Nova York - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, elogiou os ataques aéreos contra militantes na Síria que, segundo ele, representam uma ameaça à segurança internacional". Ele abriu sua coletiva de imprensa na cúpula do clima da ONU, nesta terça-feira (23/9), pedindo aos líderes mundiais reunidos em Nova York para que "se unam decisivamente" em apoio aos esforços para combater grupos extremistas. "Eu saúdo a solidariedade internacional para enfrentar esse desafio", disse.

Ban Ki-Moon advertiu, no entanto, que as partes envolvidas nas ofensivas aéreas precisam respeitar a lei humanitária internacional e tomar todas as precauções necessárias para evitar e minimizar as mortes de civis. O secretário-geral disse que, apesar de os ataques não responderem diretamente a um pedido do governo sírio, autoridades foram informadas sobre as operações com antecedência.


Navio de guerra norte-americano dispara míssil (Foto: Robert Burck/U.S. Navy)

Damasco confirmou que os Estados Unidos informaram sobre a realização das missões. "Eu destaco também que as ofensivas ocorreram em locais que não estão mais sob controle desse governo", lembrou Ban. "Eu acho que é inegável - e objeto de um amplo consenso internacional - que esses grupos extremistas representam uma ameaça imediata à paz e à segurança internacionais."

Os Estados Unidos e cinco países árabes realizaram ofensivas aéreas contra alvos do Estado Islâmico na Síria pela primeira vez na noite desta segunda-feira (22/9), usando aeronaves norte-americanas e mísseis de cruzeiro Tomahawk disparados de dois navios. 

Obama
O presidente Barack Obama advertiu nesta terça-feira (23/9) que o início dos ataques aéreos na Síria abrem uma desafiadora e nova frente de luta no Oriente Médio que pode envolver os Estados Unidos por algum tempo, mas afirmou que "esta não é uma luta apenas da América". Obama falou na Casa Branca antes de viajar para Nova York, onde tem pela frente três dia de intensos e cruciais contatos diplomáticos, e destacou o apoio dos cinco aliados árabes na ofensiva na Síria contra o grupo Estado Islâmico.

"A força desta coalizão deixa claro ao mundo que esta não é uma luta apenas dos Estados Unidos", disse Obama. "Além do mais, os povos e governos do Oriente Médio rejeitam o Estado Islâmico e levantam-se pela paz e segurança que o povo da região e o mundo merecem." Ele disse que planeja usar as reuniões desta semana, durante a Assembleia Geral da ONU, para fortalecer a coalizão internacional para o combate ao Estado Islâmico.

"O esforço vai levar tempo", disse ele. "Haverá desafios à frente, mas vamos fazer o que for necessário para combater este grupo terrorista, pela segurança do país e da região e de todo o mundo." Deixando claro que os ataques foram uma convocação sua, Obama disse que "sob minhas ordens" eles tiveram início na noite de segunda-feira (22/9) contra redutos islâmicos na Síria e contra o grupo Khorasan, que segundo autoridades norte-americanas está planejando um ataque iminente contra o Ocidente.

Obama disse que cinco países árabes - Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Catar e Arábia Saudita - ajudaram os Estados Unidos a realizar os ataques contra alvos do Estado Islâmico na Síria. "Os Estados Unidos estão orgulhosos de estar ombro a ombro com esses países em nome da segurança comum", disse Obama. Oficiais militares norte-americanos disseram que nenhum país árabe participou dos ataques aéreos contra o chamado grupo Khorasan, uma força menor que, segundo autoridades dos Estados Unidos, representam uma ameaça mais direta aos Estados Unidos do que os extremistas do Estado Islâmico.

Carta
Os norte-americanos informaram a Ban Ki-moon, que os ataques aéreos contra o grupo extremista Estado Islâmico na Síria começaram porque os líderes sírios falharam em combater essa ameaça. "O regime sírio mostrou que não consegue e não vai confrontar esses abrigos de segurança (do Estado Islâmico) sozinho de forma efetiva" informa uma carta da embaixadora americana na ONU, Samantha Power, à Ban. De acordo com o documento, "os EUA iniciaram ações militares necessárias e proporcionais na Síria a fim de eliminar a presente ameaça do Estado Islâmico ao Iraque".


A carta foi entregue horas após os ataques aéreos começarem com a participação de cinco nações árabes. Os EUA coordenam uma longa campanha para combater os extremistas que ocuparam territórios na fronteira da Síria com o Iraque. Damasco afirma que os EUA informaram o governo sírio antes dos ataques começarem. (Agência Estado/Associated Press)

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