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Regime Semiaberto

Incêndio durante rebelião destrói ala do Complexo Prisional de Aparecida

Detentos foram transferidos do local | 01.10.14 - 19:10
Adriana Marinelli

Goiânia
Uma rebelião resultou na destruição de grande parte de uma ala da Unidade Prisional da Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na manhã desta quarta-feira (1/10).

O tumulto teria começado por volta das 10 horas, depois que um dos detentos teria sido espancado por companheiros de cela. Durante a rebelião, um incêndio foi registrado na ala.


De acordo com o advogado Jorge Paulo Carneiro, membro da Comissão de Segurança Pública da OAB-GO que esteve no local durante a tarde, a ala ficou bastante destruída, "sem condições de abrigar detentos".

O Corpo de Bombeiros foi acionado e conseguiu controlar as chamas com rapidez. "O trabalho durou cerca de 20 minutos. Permanecemos no local por mais algum tempo para ter certeza de que estava realmente controlado", disse o aspirante Ricardo Pereira Mundin, que integrou a equipe de trabalhou na ocorrência.


Segundo informações dos bombeiros, o grande número de colchões que havia no local contribuiu para que o fogo se espalhasse mais rapidamente. "Mas o trabalho foi tranquilo e conseguimos controlar as chamas sem maiores problemas. Ninguém ficou ferido", completou o aspirante. O bombeiro ressaltou que apenas uma perícia poderá confirmar se o incêndio foi criminoso.

Motivação
Em entrevista ao jornal A Redação, o advogado Paulo Carneiro explicou que, conforme foi apurado até o momento, o incêndio teria sido provocado pelos próprios detentos durante o tumulto.

"Como membro da comissão da OAB, estive na unidade do Regime Semiaberto hoje e pude ver que o local ficou bastante destruído", diz. De acordo com ele, tudo começou depois que um detento foi espancado no interior de umas das celas.

"Os agentes prisionais ouviram um pedido de socorro durante a manhã e foram verificar. Ao fazer a vistoria, perceberam que um dos detentos estava amarrado e bastante machucado. Ele foi retirado do local e encaminhado ao Hugo, onde segue internado em estado grave", diz.

Ainda de acordo com o advogado, após um levantamento, foram apontados alguns detentos que seriam os responsáveis pela agressão. "Esses suspeitos foram também retirados das celas mas, ao que tudo indica, são os mesmos homens que lideram os demais detentos, o que acabou resultando numa revolta do grupo", explica.

Os detentos que permaneceram na ala teriam pedido a volta dos suspeitos da agressão e, após serem informados de que não seriam atendidos, começaram o tumulto. Depois da rebelião, os 250 presos que permaneciam no Unidade Prisional da Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto foram transferidos para outros unidades.

"Os 20 homens suspeitos de participar da agressão foram para o núcleo de Segurança Máxima do Complexo Prisional, o restante foi levado para a Casa de Prisão Provisória e para a Casa do Albergado", afirma.

Segundo Jorge Carneiro, outros 40 reeducandos ainda permanecem na sala de isolamento do complexo. "Lembrando que essa distribuição foi feita, mas é provisória."


Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária e Justiça (SAPeJUS) confirmou que houve o incêndio na ala e garantiu que será aberta uma sindicância para apurar o fato. No entanto, a pasta não se manifestou sobre a rebelião.

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