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Aniversário

Aos 81 anos, Goiânia encanta e atrai novos moradores

Migrantes e imigrantes se declaram goianienses | 24.10.14 - 14:01 Aos 81 anos, Goiânia encanta e atrai novos moradores Parque Vaca Brava é um dos cartões postais mais conhecidos (Foto: Arolldo Costa Oliveira)
 
Mônica Parreira
 
Goiânia - Puxar o "R" na fala ou gostar de pamonha à moda não é suficiente para definir um autêntico goianiense. Ter nascido em Goiânia também não. Essa é a consistente opinião do quase ex-paulistano, agora goiano de coração, Décio Coutinho, de 50 anos.

A capital, que neste 24 de outubro completa 81 anos de fundação, é um verdadeiro mosaico cultural: basta ir à esquina para encontrar um forasteiro.
 
Falar sobre Goiânia fez o administrador Décio Coutinho viajar no tempo e ter certeza de que fez a escolha certa quando ainda tinha 23 anos. 

"Estava a fim de sair de São Paulo, esse foi o ponto de partida. Recebi uma proposta de emprego, aceitei e aqui estou até hoje", disse.

Atualmente, ele trabalha no ramo da cultura, o que considera ser um dos maiores valores da cidade. Superintendente executivo da Secretaria de Estado de Cultura de Goiás (Secult-GO), Décio confirma que a região é conhecida como a terra do sertanejo. 

"Não tiro o mérito, até porque temos que valorizar as origens. Mas Goiânia tem tanta coisa a mais para oferecer... Aquela premissa de que 'se não tem mar, vamos para o bar' já deixou de ser verdade. Tem muita coisa acontecendo na cidade, a agenda cultural é ampla", defendeu.
 

Com hashtag #NossaGoiânia, Décio publica no Instagram vários cliques que faz da capital (Fotos: @decio_coutinho)
 
Foram tantos anos participando do crescimento de Goiânia que, voltar para a terra da garoa, nem pensar. E se algum jovem goiano pensa em ir, Décio deixa sua opinião, que soa mais como uma recomendação de pai. "A experiência de se trabalhar e viver em São Paulo é muito rica. Mas uma coisa eu aconselho: vá preparado para voltar. Goiânia é bom demais!".
 
Beleza
Outra frase pronta que se escuta pelos quatro cantos do país é aquela que diz que "Goiânia é a terra da mulher bonita". Décio, que tem uma filha nascida na capital, não discorda. Quem também defende a teoria - e de forma literal - é Beatrice Fontoura.

A modelo é a Miss Goiânia e Goiás 2014, além de top 5 do concurso Miss Brasil. Filha adotiva da capital goiana, na verdade a jovem de 24 anos é natural de Natal-RN.
 

Performances de Beatrice durante concurso Miss Brasil (Foto: arquivo pessoal)
 
Beatrice chegou em Goiânia quando ainda tinha 10 anos. Aos 14, começou a levar a sério a carreira de modelo, fato que a separou novamente da terra que escolheu para chamar de sua.

A lista de moradia temporária é extensa. "Já morei na China, Itália, Estados Unidos, enfim, várias outras regiões. Para mim, nada se compara a Goiânia. Eu amo essa cidade", disse.
 
Enquanto esteve em Nova York, a miss confessa que conseguiu matar um pedaço da saudade que sentia do Brasil. "O lugar que eu mais frequentava era um reduto brasileiro que tinha lá. Comprava pão de queijo para assar em casa, era uma delícia. Não tinha pequi, mas vários derivados que sempre estavam na minha lista, como pasta ou conserva", lembrou.
 
De volta a Goiânia no ano passado, Beatrice já chegou preparada para disputar a coroa de miss. "As pessoas sempre me incentivaram, então acabei aceitando o desafio. Voltei de mala e cuia para participar do concurso".

Quando questionada se optou por representar o estado certo, a modelo não titubeou. "Eu sou goiana, não há como negar. Minha família inteira é daqui, e as melhores amizades também. Para mim foi a realização de um sonho carregar a faixa de miss Goiás".

Beatrice, que estuda Direito, precisou trancar o curso por um período para cumprir a agenda como miss. "São muitos compromissos sociais, visitas aos municípios goianos, ações sociais. É uma rotina muito puxada", relatou ao imaginar como será seu futuro. "Já viajei bastante, agora acho que chegou a hora de ficar um pouco quieta por Goiânia mesmo", finalizou sorridente.
 
Imigração
Há também quem chegou à capital goiana como quem não queria nada. Natural do Haiti, Pierre Denis, de 27 anos, ficou órfão de mãe quando ainda tinha nove anos de idade.

De família humilde, seu sonho de fazer um curso superior falou mais alto que o desejo de permanecer na terra natal.

Foi quando decidiu se aventurar na República Dominicana, onde começou a estudar contabilidade. O pai ajudava a bancar os custos de seu sonho, mas Pierre sentia que ali ainda não era o seu lugar.

"Vim para o Brasil para trabalhar durante um ano ou dois. Assim, conseguiria pagar meus estudos", justificou.

Ao desembarcar no Acre, em abril de 2013, passou pela cabeça do haitiano que seu destino seria Rio de Janeiro ou São Paulo. "Mas assim que cheguei, conheci uma pessoa de Goiânia. Ele disse que precisava de alguém para trabalhar com ele, e então vim para cá", lembrou.
 
Dividido entre trabalho e estudo, não levou muito tempo até Pierre dominar a língua portuguesa e se apaixonar pelas pessoas de sotaque tão marcante.
 

Apesar de ser comida típica, pequi não agrada a todos (Foto: Adalberto Ruchelle)

"Eu não tinha a menor ideia de como seria Goiânia. É uma cidade bonita, com muitos prédios altos, não muito diferente de onde eu vim. O povo é muito amoroso e me recebeu muito bem. Me apresentaram o pequi, mas não gostei muito não", comentou. 

Seu plano agora é cursar engenharia civil, no começo de 2015. Pierre projeta o futuro sem margem de erros. "Quero morar em Goiânia para sempre. Desejo construir uma família para continuar vivendo aqui", confessou o haitiano, deixando claro que aqui surge a história de mais uma família goianiense.

Comentários

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  • 25.10.2014 19:31 Vipx

    Viva Goiânia, Viva quem nasce nesta terra e cultiva o verdadeiro amor do ser. Infelizmente, o nosso chão vem perdendo este valor devido a suas autoridades e uma raça desgraçada de migrantes que trazem uma cultura de violência, lixo, nivel baixo de escolaridade e falta de respeito.

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