Carolina Pessoni
Goiânia - O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO) realiza, nesta quarta-feira (19/11), eleições para definir seu novo presidente para o triênio 2015/2017. O jornal A Redação fez uma entrevista exclusiva com o engenheiro civil Idalino Hortêncio, que concorre ao cargo. Nesta terça-feira (18) o jornal publica entrevista com o candidato concorrente, o engenheiro agrônomo Francisco Almeida.
Idalino Hortêncio disputa pela primeira vez a presidência do Crea-GO. Engenheiro civil e de segurança do trabalho há quase 30 anos, já foi conselheiro federal e regional do órgão. "Nós sabemos o que é o Crea, conheci o sistema quando fui conselheiro e sei que ele é a saída da engenharia. Sem o sistema ela não vive, seria aniquilada pela própria gestão, categoria e profissionais", afirma Idalino.
Como principal proposta, Idalino defende a modernização e informatização dos processos do conselho com o objeto de facilitar o exercício da atividade profissional dos engenheiros, agrônomos, geólogos, geógrafos, meteorologistas, tecnólogos e técnicos de nível médio ligados à entidade. "O Crea deve ser um parceiro do profissional. Vamos dinamizar a tecnologia do sistema, com anotações e certidões online, por meio de certificação digital. Isso vai diminuir o tempo de emissão de documentos e custos dos processos, além de favorecer a transparência e melhora da credibilidade do profissional."
Oura proposta é o desenvolvimento de uma plataforma tecnológica para transmissão de conhecimento e aperfeiçoamento. "O profissional que não se aprimora está fora do mercado, porque, tecnologicamente, os conceitos, ferramentas e requisitos estão alterando. Vamos criar cursos interativos, banco de palestras, cursos e workshops telepresenciais."
Para o candidato, o Crea deve se aproximar da sociedade, atendendo às demandas propostas por ela, e discutir as questões técnicas de gestão pública. "É o momento do Crea tomar para si o problema das obras públicas, deixar um pouco de ser só técnico e exercer também influência política."
O engenheiro destaca ainda que o Conselho não deixa de fazer seu papel de regulador e fiscalizador, mas que muitas vezes a população não tem conhecimento sobre as ações desenvolvidas pela entidade. "Temos que apresentar nossos relatórios técnicos para a sociedade. Defendo maior poder do Crea para defender melhor a sociedade."
Idalino propõe também facilitar a transição do aluno de engenharia para o sistema a partir de uma ferramenta que una a academia à vida profissional. "Os profissionais com até cinco anos de formação representam a nossa maior evasão. Nesse período ele precisa criar estabilidade, moldar sua especialidade. Moldando esse sistema vamos diminuir a desistência e aumentar o número de profissionais na ativa. Além disso, vamos aproveitar a academia, estar junto às fundações para utilizar os profissionais que despertam para o ramo da pesquisa, pois é esse profissional que vai dinamizar nossa área, trazer novas ferramentas."
