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Entrevista

Jayme Rincón: "Iris é o maior destruidor de programas sociais de Goiás"

Presidente da Agetop cogita disputa ao Paço | 22.01.15 - 17:15 Jayme Rincón: "Iris é o maior destruidor de programas sociais de Goiás" (Foto: Marina Sousa/ Agetop)
Adriana Marinelli

Goiânia -
 Mesmo sem se colocar como pré-candidato à Prefeitura de Goiânia, o presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, voltou a manifestar sua insatisfação com a atual administração municipal. Possível candidato da base do governador Marconi Perillo para disputar a prefeitura em 2016, Jayme lamenta "por Goiânia ter se afundado".

Em entrevista ao jornal A Redação na tarde de quarta-feira (21/1), o presidente da Agetop deu indícios de que está mesmo disposto a entrar na disputa pela administração municipal, mesmo sem assumir de forma direta. "Eu nunca tive pretensões políticas, mas, por acreditar que Goiânia tem jeito e só está mal administrada, eu ficaria muito honrado se eu pudesse ocupar esse posto."

Questionado sobre uma possível disputa entre ele e o ex-prefeito Iris Rezende (PMDB), Jayme Rincón garante que não teria medo do desafio. "Pelo contrário. Tenho certeza que o PSDB terá um candidato forte". E completa: "Sei que meu nome circula como possível candidato, mas temos também o Fábio Sousa, João Campos e também o delegado Waldir, eleito com uma quantidade expressiva de votos, que também podem fazer a diferença."

"Sei que meu nome circula como possível candidato, mas temos também o Fábio Sousa, João Campos e o delegado Waldir"
 
Jayme ainda afirma que não acredita na possibilidade de Iris não disputar a prefeitura de Goiânia novamente. "Em 2010 ele disse que não seria candidato ao governo de Goiás em 2014, e foi. No ano passado, ele disse que seria a sua última disputa eleitoral, mas também não acredito nisso. Se ele tiver condições físicas para sair candidato, sairá."
 
Prefeitura
Ainda criticando as gestões de Iris Rezende, Rincón voltou a afirmar que os constantes problemas enfrentados pela capital nos últimos anos "não são culpa apenas do prefeito Paulo Garcia".

"Ele recebeu uma péssima herança do Iris. A última boa gestão que Goiânia teve foi a gestão de Nion Albernaz. Está na hora do PSDB retomar a administração da capital". "O Iris teve a coragem de acabar com ótimas iniciativas do Nion, como o Trabalhando com as Mãos e o Cidadão 2000, se tornando o maior destruidor de programas sociais da história de Goiás. Nas gestões do PSDB, as obras físicas são de qualidade, mas não deixamos de trabalhar focados no social. Bolsa Universitária e o Bolsa Futuro são dois programas que provam o que eu estou dizendo."
 
"Iris aprovou um Plano Diretor equivocado, e as atrapalhadas só aumentaram com o Paulo. Tudo isso seria revisto"

"Tudo isso deveria ser implantado em Goiânia. No lugar do prefeito, eu tomaria decisões para que tivéssemos mudanças imediatas na coleta de lixo e no transporte coletivo, por exemplo. A Comurg sempre foi uma companhia eficiente, mas foi destruída nas gestões de Iris e de Paulo Garcia. E não para por aí. O Iris aprovou um Plano Diretor equivocado, e as atrapalhadas só aumentaram com o Paulo. Tudo isso seria revisto", garante.

Por telefone, o jornal A Redação entrou em contato com o ex-prefeito Iris Rezende, que preferiu não comentar as declarações de Jayme Rincón. "Vou me inteirar do assunto", disse, prometendo se manifestar em uma segunda oportunidade.
 
Agetop
Jayme voltou a defender que o Estado tem trabalhado mais por Goiânia do que a própria prefeitura, citando as obras em andamento na cidade. Sem especificar datas para inaugurações, o presidente da Agetop citou os trabalhos realizados no Hospital de Urgências da Região Noroeste (Hugo 2), Centro de Excelência do Esporte, além das duplicações das rodovias nas saídas da capital. "Resta apenas a saída para Bonfinópolis para ser duplicada, mas que também faremos ainda neste ano."
 
Sobre os cortes de gastos determinados pelo governador Marconi Perillo, Jayme disse que algumas medidas já foram tomadas na Agetop. "Em termos de estrutura, já realizamos o enxugamento. Nós extinguimos a vice-presidência, uma diretoria e 16 gerências", afirmou. "Mas garanto que a qualidade das obras e serviços não sofrerão alterações. Tudo continuará sendo feito com a excelência realizada nas últimas obras. Essa é uma marca do governo Marconi. Fazemos obras para durar", complementou.
 
"Para cada assunto do governo federal, foi criado um ministério em Brasília. Chegamos ao absurdo de 39. O governador Marconi está indo no sentido contrário"
 
Ao comentar o corte de secretarias no Estado - são 10 atualmente -, Jayme defende que foi mais uma decisão acertada do governador. "Para cada assunto de governo, foi criado um ministério em Brasília. Chegamos ao absurdo de 39. O fato de ter um ministério para cada coisa não vai dizer que aquele assunto tem importância dentro do programa de governo", destacou.

"O governador Marconi está indo no sentido contrário. Hoje, quando você pega uma fotografia do ministério do ex-presidente Fernando Henrique e da presidente Dilma, é possível ver a aberração que se tornou de lá para cá. O governador está enxugando a máquina. Quando você coloca os assuntos e as demandas da sociedade numa estrutura mais enxuta, você terá mais agilidade para atender as demandas", conclui.

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