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Internacional

Força aérea do Chade bombardeia Boko Haram em cidade fronteiriça da Nigéria

Esta é a primeira ação de tropas estrangeiras | 30.01.15 - 19:00
São Paulo - Um avião de guerra e tropas do Chade expulsaram combatentes do Boko Haram de uma cidade nigeriana que faz fronteira com o país, informaram testemunhas nesta sexta-feira (30/1). A ofensiva, realizada na quinta-feira (20), marca a primeira ação de tropas estrangeiras em solo nigeriano no combate aos extremistas islâmicos.

A presidente da Comissão Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma, pediu o envio de 7.500 soldados africanos para o combate aos extremistas islâmicos. O pedido foi feito durante uma cúpula da União Africana na Etiópia.

A secretária de Estado assistente norte-americana Linda Thomas-Greenfield disse aos jornalistas que seu país vai colaborar na luta contra o Boko Haram. "Estamos preparados para fornecer apoio técnico, treinamento e equipamentos para combater o grupo Boko Haram. As atividades do grupo na região claramente afetaram nossa atenção para os acontecimentos na África", declarou ela.

Abari Modu disse que testemunhou a ofensiva chadiana na vila de Malumfatori, que fica no Estado de Borno. "Vimos o jato quando ele começou a bombardear os insurgentes, que estavam alojados principalmente no interior da secretaria do governo local e no palácio do chefe distrital", disse ele à Associated Press.

Segundo ele, os corpos de muitos combatentes do Boko Haram ainda estavam na cidade na manhã desta sexta-feira. Modu falou pelo telefone após cruzar a fronteira de uma vila do Chade, onde buscou refúgio depois de o Boko Haram ter tomado Malumfatori, no final de outubro.

Ele disse que o jato perseguiu combatentes que fugiam para a fronteira e que o bombardeio foi realizado de forma coordenada com tropas chadianas em solo, o que deixou os combatentes sem possibilidade de fuga. Um oficial militar nigeriano, que falou em condição de anonimato, confirmou o relato.

Autoridades nigerianas ainda não haviam falado oficialmente sobre a ofensiva chadiana. O levante do Boko Haram, que já dura cinco anos, deixou 10 mil mortos somente no ano passado, além de desalojar 1 milhão de pessoas.

A votação para decidir pelo envio de tropas será feira durante uma cúpula de dois dias de chefes de Estado da União Africana, iniciada nesta sexta-feira. Chade, Níger, Nigéria e Benin disseram que integrarão a força conjunta.

Os soldados serão enviados por uma Força-tarefa Multinacional Conjunta e operar, inicialmente, durante 12 meses. A força também será encarregada de buscar e libertar todos os sequestrados pelo grupo, dentre eles as jovens estudantes levadas de Chibok, em abril de 2014.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), convidado para a cúpula da União Africana, disse que "a insurgência do Boko Haram representa uma clara ameaça à segurança nacional, regional e internacional. Este grupo continua a matar cristãos e muçulmanos, a sequestrar mulheres e crianças e a destruir igrejas e mesquitas."

"Nunca nos esqueceremos das meninas sequestradas de Chibok em abril do ano passado e nunca deixaremos de pedir sua libertação imediata e incondicional", disse ele . O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, disse na quinta-feira que tropas de seu país haviam recapturado várias vilas e a cidade de Michika, no Estado de Adamawa.

Não foi possível confirmar a afirmação, uma rara vitória para os desmoralizados e mal equipados soldados nigerianos. Jonathan, candidato a ocupar o cargo novamente na eleição de 14 de fevereiro, disse durante um comício na quinta-feira, em Yola, capital de Adamawa, que " o governo local de Michika foi recapturado hoje por nossas valentes forças".

Pessoas que fugiam da região, entrentanto, contestaram as declarações do presidente, afirmando que o grupo ainda pode estar presente em Michika e em outras cidades do entorno. Ele afirmou também que "em breve, recuperaremos todos os nossos territórios...todos nós nos sentimos sobrecarregados, eu também me sinto sobrecarregado pelos excessos do Boko Haram".

O deputado estadual por Adamawa, Adamu Kamale, reclamou na quarta-feira que fez diversos apelos para o envio de tropas para combater os insurgentes desde 23 de janeiro. (Associated Press/Agência Estado)

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