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Eleição

Disputa mais acirrada da Câmara em 10 anos expõe fragilidade da base aliada

PT e PMDB protagonizam "briga" | 01.02.15 - 10:02 Disputa mais acirrada da Câmara em 10 anos expõe fragilidade da base aliada Da esq. para dir.: Arlindo Chinaglia (PT), Eduardo Cunha (PMDB), Júlio Delgado (PSB) e Chico Alencar (PSOL) disputam a presidência da Câmara dos Deputados (Foto: Montagem/A Redação)
Brasília - O loteamento da Esplanada dos Ministérios entre dez partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff foi insuficiente para dar ao governo a tranquilidade de que precisava na eleição do próximo presidente da Câmara dos Deputados. Os parlamentares vão neste domingo (1º/2) ao plenário definir a disputa mais acirrada pelo posto em uma década.

A briga se dá pela primeira vez entre PT e PMDB, os dois principais partidos do governo. Além disso, há o agravante de que, apesar dos esforços dos ministros para atrair votos para o petista Arlindo Chinaglia (SP), o Palácio do Planalto corre o risco de ver eleito seu grande desafeto, o peemedebista Eduardo Cunha (RJ).

Apoiado por DEM, PSC, PRB, Solidariedade, PTB e PP - anunciado sábado (31/1) à noite -, além de seu próprio partido, o líder do PMDB é favorito na disputa contra Chinaglia, que tem a adesão de PT, PDT, PC do B, PSD, PROS e PR, este também definido ontem à noite. Também estão na luta o líder do PSB, Júlio Delgado (MG), que conta com PSDB, PPS e PV, e Chico Alencar (PSOL-RJ).

A disputa deve ser ser voto a voto. Aliados tanto de Cunha quanto de Chinaglia passaram os últimos dias fazendo contas - sabando que a declaração de apoio não garante adesão integral do partido.

A escolha do presidente e e de outros dez cargos da Mesa Diretora será secreta, em 14 urnas eletrônicas, a partir das 18 horas. Cunha vem trabalhando sua candidatura há mais de ano.

Lançado em dezembro, enquanto os adversários ainda pensavam o que fazer, o peemedebista montou uma estrutura de campanha semelhante à de um candidato ao Planalto. Rodou todos os Estados do País com gastos bancados pelo Fundo Partidário.

Obteve um acordo com o governo, que suspendeu nomeações de segundo escalão - usadas para obter votos para o candidato favorito do Planalto. Nesse meio tempo, surgiram informações de que delatores da Lava Jato, como o doleiro Alberto Youssef, haviam dito que tinham repassado dinheiro de propina para Cunha.

O deputado rebateu as acusações e apontou motivação política na divulgação dessas informações. Já Chinaglia tem uma vantagem - o poder de influência do Planalto - e uma desvantagem - a atual rejeição ao PT na Câmara e ao governo, do qual foi líder na Casa.

O deputado chegou a dizer que a ação do Planalto a favor dele poderia significar a "morte" da candidatura. Foi uma força de expressão na tentativa de reduzir os efeitos do antipetismo. Chinaglia repetiu Cunha e também percorreu o País, com gastos bancados pelo Fundo Partidário.

Voz externa
Candidato que corre pela terceira via, Delgado sabe que pode levar a disputa para o 2.º turno. Com campanha mais modesta que as de Cunha e Chinaglia, adotou o discurso de representante da renovação e rememorou a seus pares a "voz das ruas", adaptando para a eleição interna a estratégia que seu partido usou na eleição presidencial do ano passado, quando o candidato era Eduardo Campos (PE), morto em um acidente aéreo em agosto.

Delgado conta principalmente com os 54 votos do PSDB, terceira maior bancada da Câmara, atrás de PT (70) e PMDB (66). Mas, às vésperas da eleição, viu focos de dissidência defenderem o "voto válido" em Cunha já no 1.º turno. Chico Alencar se lançou candidato a menos de uma semana para a eleição. É a terceira tentativa. O melhor desempenho, em 2011, rendeu 16 votos. (Agência Estado)

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