Carolina Pessoni
Goiânia - Promover a união e dar andamento os compromissos assumidos. Esses são os objetivos do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Goiás (OAB-GO), Enil Henrique de Sousa, em sua gestão. Em entrevista ao jornal A Redação, Enil falou sobre o trabalho da instituição, superação de crise e eleições.
O presidente destacou que, apesar de curto, o período de nove meses de administração da nova diretoria promete grandes realizações. Estão previstas inaugurações de sedes de subseções no interior do Estado, além de entrega de equipamentos e salas modernas. "Nossa meta é atender a advocacia em Goiânia e no interior, sobretudo agora, que temos um representante do interior na diretoria", afirmou Enil.
Como não poderia deixar de ser, o compromisso de representar a sociedade continua. "Vamos lutar pelo debate limpo de temas importantes para a sociedade brasileira e de continuar fazendo aquilo que a OAB se propõe, defender o direito dos cidadãos."
Sobre a suposta crise, Enil prefere falar em "desconforto" e garante que tudo "já passou." Com relação às eleições da instituição, que serão realizadas em novembro, ele afirmou que os advogados podem esperar o melhor do grupo OAB Forte. "Ainda temos muito o que fazer em prol da advocacia goiana."
Confira abaixo a entrevista completa:
Quais serão as principais ações desta nova diretoria da OAB-GO?
Nosso principal foco, hoje, é mostrar a nova cara da OAB, uma entidade forte e representativa, uma Ordem plural. Passamos recentemente por um momento difícil, que nos obrigou a passar por mudanças. Mas foram transformações que só acrescentaram para nossa entidade. Meu foco é fazer, nesses nove meses de mandato, com que a OAB seja unida, dando andamento aos compromissos assumidos. Mais do que isso, nosso papel é fortalecer a OAB como representante da sociedade, em discussões políticas, sociais, econômicas, isso sem falar nos projetos práticos de estruturação da entidade no Estado.
Quais projetos deverão ser colocados em prática até o fim desta gestão?
Temos algumas obras já iniciadas de sedes em Anápolis, Iporá e Itaberaí, com o compromisso de concluí-las e entregá-las. Também temos compromisso de construção de sedes em Rio Verde, Firminópolis, Jataí e Uruaçu. Em algumas subseções estamos prevendo a entrega de equipamentos, salas, para aprimorar o trabalho desses braços da OAB, com modernização. Nossa meta é atender a advocacia em Goiânia e no interior, sobretudo agora, que temos um representante do interior na diretoria. Além das realizações físicas, ainda temos o compromisso moral de manter erguida a bandeira da Ordem, de lutar pelo debate limpo de temas importantes para a sociedade brasileira e de continuar fazendo aquilo que a OAB se propõe, defender o direito dos cidadãos, em parceria com os três poderes, mas sem interferência de nenhum deles.
Como estão as contas da OAB-GO? Há realmente uma dívida de R$ 13 milhões? Como ela será paga?
Não, não há essa dívida. Hoje, temos uma dívida equivalente a um terço desse valor. O restante já foi quitado, como mostra documentação já disponível no site da nossa instituição. Todos os esclarecimentos sobre esses débitos estão disponíveis, não há nada que gere dúvidas. E mais: os empréstimos que ainda não foram pagos, estão dentro do prazo de pagamento, vão vencer no fim da gestão, ou seja, não há inadimplência por parte da OAB Goiás. Todo e qualquer compromisso financeiro assumido foi rigorosamente e amplamente discutido e, em nenhuma hipótese, compromete a capacidade financeira da Ordem.
Em quais condições o próximo presidente da OAB-GO receberá a instituição em janeiro de 2016?
Em ordem e ainda melhor. Como já falei, não há inadimplência. Além disso, a Ordem vai estar ainda mais forte, com uma estrutura maior, sobretudo no interior. Acho ainda que o fato de termos chegado a uma diretoria plural vai deixar a OAB muito mais oxigenada. Com certeza vai ser uma cara diferente. O próximo presidente vai pegar uma entidade estruturada, forte e respeitada.
Há algum tipo de desgaste interno após essa suposta crise na OAB-GO, com a saída dos ex-presidente e vice da instituição?
Não houve crise. Eu chamo o que houve de desconforto, causado por declarações irresponsáveis e que não traduzem, nem de longe, a realidade da OAB Goiás. Eu não entendo o que levou o ex-presidente Macalé a fazer tais declarações, ou tentar colocar em xeque a credibilidade ou a idoneidade da nossa entidade, da qual ele participou tão ativamente, e tão de perto. Aqui dentro, isso já passou. Não houve crise e nem haverá, porque somos um grupo forte e unido, dedicado em fazer o melhor pela categoria. Agora, é olhar pra frente e trabalhar para fazer dessa mais uma das gestões de destaque da OAB Goiás.
O que os advogados podem esperar do grupo OAB Forte para as eleições de novembro? Já há nomes definidos para as disputas?
Esperem o melhor. Não pensamos em nome, até porque o nosso foco é a gestão. Quem se preocupa muito com eleição, deixa de dar o melhor no momento. E queremos fazer o melhor agora para deixar um bom legado, de resultados. É claro que trabalhamos para chegar ao fim do mandato com condições de repetir a dose, não eu, mas o grupo, que ainda tem muito o que fazer em prol da advocacia goiana.