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Restrições atingem comércio de carnes e miúdos | 24.03.15 - 20:30
Moscou - A Rússia restringiu temporariamente as importações de carne suína e bovina de pelo menos oito empresas brasileiras, de acordo com informações do Rosselkhoznadzor, o Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária do país. Entre as empresas atingidas estão BRF e a goiana JBS, que sofreram restrições em relação às vendas de carne e miúdos de porco.
As determinações do órgão russo começaram a valer na última sexta-feira (20/3). A BRF está impedida de exportar para o país a partir da unidade em Uberlândia (MG). À reportagem, a companhia disse que a decisão do governo russo não afeta a estratégia comercial da empresa porque ela já havia decidido interromper as vendas de carne suína a partir da unidade de Minas Gerais.
"A informação do serviço sanitário russo está em linha com esta decisão da empresa", informou.
Já a JBS está impedida de exportar carne suína e miúdos a partir da unidade em Ana Rech (RS). No final de fevereiro o governo russo já havia decidido coletar amostras de lotes de carne bovina produzida nas fábricas da JBS em Lins (SP) e em Mozarlândia (GO). Os testes também foram reforçados em relação aos miúdos bovinos produzidos pelo frigorífico da JBS em Vilhena (RO).
Procurada pela reportagem, a indústria alimentícia ainda não retornou. As restrições em relação ao comércio de carne e miúdos suínos com a Rússia também atingiram o Frigorizzi (unidade no Rio Grande do Sul), o Natural Pork Alimentos (em Mato Grosso) e o Palmali Industrial (no Paraná).
Já o Mondelli (em São Paulo) e o Big Boi (no Paraná) tiveram exportações de carne bovina restringidas. Por sua vez, o Frig Industrial (em Santa Catarina) teve as vendas de intestinos barradas pela Rússia, em decisão que também afetou o Big Boi e o Natural Pork Alimentos.
O Ministério da Agricultura e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) ainda não se posicionaram à respeito das restrições temporárias.
Sob inspeção
Desde fevereiro, as exportações de carne bovina da Minerva e de miúdos bovinos do Frigol também estão sob fiscalização mais rigorosa pela Rússia. O serviço de vigilância sanitária tem coletado amostras para análise de cada embarque, mas as vendas externas das empresas não foram interrompidas. (Agência Estado)