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Internacional

Nos Estados Unidos, lei de "liberdade religiosa" pode gerar segregação

Regra abre brecha para discriminação sexual | 30.03.15 - 18:58 Nos Estados Unidos, lei de "liberdade religiosa" pode gerar segregação (Fotos: reprodução)

Lorena Lara

Goiânia - Uma lei de "liberdade religiosa" aprovada no estado de Indiana, nos Estados Unidos, causa protestos e polêmica desde sua aprovação, na útlima quinta-feira (26/3). A lei, chamada de "The Indiana Religious Freedom Restoration Act", ou Ato de Restauração da Liberdade Religiosa, foi assinada pelo governador Mike Pence e determina a proibição de governos locais de oprimir o exercício da religião de qualquer pessoa.

A regra começa a valer a partir de 1º de julho, mas protestos já acontecem. Apesar de não mencionar orientação sexual, o medo da oposição e dos cidadãos é de que exista a abertura para que donos de negócios e empresas possam negar serviços a gays e lésbicas por razões religiosas.

A lei foi assinada durante uma cerimônia privada, com o apoio de monges franciscanos, freiras, judeus ortodoxos e alguns dos lobistas mais poderosos na questão de conservadorismo social, segundo o jornal local IndyStar.

Reação
Já na última sexta-feira (27), nomes de peso como Hillary Clinton e Tim Cook, CEO da Apple, se manifestaram contra a lei. "Existe algo muito perigoso acontecendo nos estados por todo o país", escreveu Tim, se referindo também a uma proposta de lei no Texas que pune servidores públicos homossexais que tiram licença-matrimônio com a perda de seus salários, pensões e outros benefícios.
 
"Essas leis racionalizam a injustiça fingindo defender algo que muitos de nós prezam. Elas vão contra os princípios sob os quais nossa nação foi fundada e têm potencial para desfazer décadas de progresso rumo a mais igualdade", destacou.
 
Hillary Clinton publicou, em sua conta no Twitter, que se sente triste por uma lei como a do estado de Indiana poder acontecer nos Estados Unidos atualmente. "Nós não deveríamos discriminar pessoas por causa de quem elas amam", disse a ex-secretária de estado.
 
Outro que se manifestou foi o ator Ashton Kutcher, também pelo Twitter. "Indiana, você também vai permitir que estabelecimentos Cristão banem judeus? Ou vice-versa? Liberdade religiosa?", questionou Ashton.

Em Indianápolis, a capital de Indiana, protestos foram organizados contra nova medida. "Liberdade religiosa não significa liberdade para discriminar", diziam alguns dos cartazes. 
 
(Foto: reprodução/Twitter/DCHomos)

Defesa
No entanto, o governador Mike Pence, que não descarta uma candidatura às eleições presidenciais de 2016, respondeu que a lei protege os muitos que sentem que sua liberdade religiosa está sob ataque pela ação do governo. Ele ainda negou que a lei permite discriminação. "Seu eu achasse que ela legalizasse discriminação de qualquer forma, eu a teria vetado", disse, durante uma coletiva de imprensa.

Redes
Nas redes sociais, a lei se tornou motivo de piada, assim como a mentalidade de Mike Pence. Veja abaixo algumas das montagens feitas a respeito:


(Foto: reprodução/ Tumblr/ Cadof)



(Foto: reprodução/ Mad Magazine)


(Foto: reprodução/ Twitter/ @bluedupage)


(Foto: reprodução/Twitter/ @allisonozzy)


(Foto: reprodução/Twitter)


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