Brasília - O Brasil condenou a execução, pelo grupo radical Estado Islâmico, de homens identificados como cristãos etíopes que foram capturados na Líbia.
"O atroz assassinato de cristãos etíopes na Líbia, tornado público ontem [19], e o atentado terrorista no último sábado [18] em Jalalabad, no Afeganistão, que resultou em dezenas de mortos e feridos, denotam absoluta falta de respeito aos direitos humanos mais básicos e são afrontas diante das quais a comunidade internacional não pode se calar", diz nota divulgada nesta segunda-feira (20) pelo Itamaraty.
No domingo (19/4), um vídeo de 29 minutos divulgado em sites jihadistas, mostra um grupo de pelo menos 12 homens sendo degolados em uma praia e outro grupo, de 16 homens, mortos a tiros em área deserta. Em fevereiro, o grupo jihadista tinha divulgado outro vídeo mostrando a decapitação de 21 homens, a maioria egípcios coptas, em uma praia, numa encenação parecida com a das imagens divulgadas nesse domingo.
Um homem vestido de negro aparece falando em inglês sobre a batalha entre "a fé e a blasfêmia", e os condenados são apresentados como membros "da igreja etíope inimiga". O Estado Islâmico assumiu o controle de parte dos territórios da Síria e do Iraque, onde proclamou um califado e onde tem multiplicado os abusos, utilizando os vídeos como armas de propaganda. (Agência Brasil)