Adriana Marinelli
Goiânia - Realizada nesta quinta-feira (23/4) pela Comissão de Saúde da Assembleia, presidida pelo deputado Gustavo Sebba (PSDB), uma audiência pública sobre Saúde em Goiás, com foco nas gestões por Organizações Sociais (OSs), não contou com nenhum deputado da oposição. A ausência de alguns parlamentares, principalmente daqueles que não apoiam o modelo de administração adotada na área pelo governador Marconi Perillo, foi criticada pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado estadual Talles Barreto (PTB).
Ao final da audiência, Talles disse que "todos da oposição que são contra as Organizações Sociais deveriam ter participado da reunião de hoje". "Muitos criticam sem saber como funciona o trabalho. Eu já era defensor das OSs, agora estou mais convicto ainda da importância do trabalho realizado", afirmou. "Sei que atualmente muitos estão com dor de cotovelo, afinal o resultado positivo está na boca do povo", completou o deputado.
Balanço positivo
De acordo com os dados da Secretaria de Saúde, em três anos o gasto total do Governo com os hospitais aumentou 28%, enquanto houve incremento de 101% nos atendimentos ambulatoriais, 48% nas cirurgias, 80% nas internações em enfermaria e 60% nas internações em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Durante a audiência desta quinta, representantes das unidades de saúde e Organizações Sociais apresentaram balanço do trabalho realizado até o momento.
(Foto: reprodução/Twitter Governo Goiás)
Atualmente, 13 hospitais em Goiás são geridos por OS. A primeira unidade a ter o modelo de gestão foi o Crer, em 2002. Primeiro a falar na audiência, após abertura de Gustavo Sebba, o diretor técnico do HGG, Rafael Nakamura, fez questão de traçar um comparativo, por meio de fotos, de como a unidade estava antes do IdTech (Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano) assumir a gestão do espaço.
Representante da Comunidade Luz da Vida, Organização Social que será gestora do Credeq de Aparecida, antecipou como será realizado o trabalho na unidade que cuidará da recuperação de dependentes químicos. "Goiás já é referência nessa área da Saúde e sei que temos condições de avançar muito mais. Nós da Comunidade Luz da Vida estamos sempre em contato com a Secretaria Estadual de Saúde, com o objetivo de definir metas e traçar o plano de trabalho que será desenvolvido no Credeq." O centro de Aparecida de Goiânia já está em fase de conclusão é deve ser inaugurado nos próximos meses.
"O CRER é uma instituição pública que deu certo. Que tem um volume e crescimento na sua produção e atendimento. Cerca de 2.200 atendimentos são realizados por dia. Nos últimos anos foram mais de 2 milhões atendimentos", destaca Sérgio Daher, superintendente executivo da Agir, que administra também o HDS, antiga Colônia Santa Marta, que foi integrado ao CRER em 2013.
"O Hugo, que tanto passou por dificuldades, conta hoje com outra realidade. O hospital não está bonito apenas na foto. Qualquer hora que vocês chegarem lá, vão encontrar a unidade brilhando e sem macas no corredor", garantiu o Dr. Ciro de Castro diretor geral do Hugo.
Um dos últimos a falar na reunião, Halim Girade, ex-secretário e atual superintendente executivo da Secretaria de Saúde, disse que "a ousadia do governador Marconi Perillo, que apostou nas OSs, foi fundamental para o grande salto registrado na Saúde do Estado."
(Foto: reprodução/Twitter Governo Goiás)
