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Oito torcedores foram mortos no dia 18/4 | 07.05.15 - 10:43
São Paulo - Um policial militar e um ex-PM foram presos nesta quinta-feira (7/5) suspeitos de terem participado da chacina que matou oito pessoas na sede da Pavilhão 9, torcida organizada do Corinthians. A Justiça havia decretado a prisão dos dois a pedido do setor de investigações de chacinas do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
De acordo com investigações, o ex-policial Rodney Dias dos Santos, de 42 anos, que atuaria no tráfico de drogas na região da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), é apontado como orquestrador do crime. Ele teria mandado executar Fábio Neves Domingos, de 34 anos, ex-presidente da Pavilhão 9, após um desentendimento.
A Polícia Civil ainda investiga se o motivo está relacionado a uma possível dívida ou disputa por pontos de venda. Com passagem pela polícia, Santos também teria participado diretamente da chacina, junto com comparsas. Segundo investigações, ele foi até a unidade da torcida organizada e atirado contra as vítimas.
O ex-PM foi preso em casa, na Grande São Paulo. O outro suspeito é o soldado da Polícia Militar Walter Pereira da Silva Junior, que atua em Carapicuíba, preso no batalhão enquanto trabalhava. O crime aconteceu na noite de um sábado, dia 18 de abril, véspera de um clássico entre Corinthians e Palmeiras, na zona oeste da capital paulista.
Apesar de ter sido um dia de festa na unidade da torcida, apenas 12 pessoas estavam no local no momento da chacina - quatro conseguiram fugir, entre eles um faxineiro poupado pelos assassinos. As vítimas eram homens entre 19 e 38 anos, dos quais quatro já haviam sido acusados de tráfico de drogas. Para os policiais, no entanto, o alvo era um só: Domingos.
Os demais morreram por estarem no lugar errado, na hora errada. Logo após a chacina, os policiais descartaram a hipótese de rixa entre torcidas organizadas e afirmaram o tráfico como a principal linha de investigação. Uma semana depois, a Folha de S. Paulo informou que a Polícia Civil passou a investigar a participação de PMs no caso. O DHPP e a Secretaria de Segurança Pública (SSP), no entanto, tentaram desmentir a informação. (Agência Estado)