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Agenda nos EUA

Convênios entre Goiás, Harvard e Columbia serão implementados até 2016

Informação foi dada por Thiago Peixoto | 14.05.15 - 19:26 Convênios entre Goiás, Harvard e Columbia serão implementados até 2016 (Foto: João Unes/A Redação)
 
João Unes e Sarah Mohn

Nova York – Estabelecer parcerias com foco no desenvolvimento econômico e incremento da competitividade. Com este objetivo, a comitiva goiana liderada pelo governador Marconi Perillo aos Estados Unidos, entre os dias 11 e 13, iniciou diálogos com as universidades de Harvard e Columbia e definiu convênios que serão implementados pelo Estado de Goiás até o início do próximo ano.
 
O anúncio dos acordos foi feito pelo secretário de Estado de Gestão e Planejamento, Thiago Peixoto, ao jornal A Redação, que acompanhou a missão oficial ao país norte americano. “Estamos abrindo as portas para que o que há de mais avançado em conhecimento e tecnologia possa chegar ao nosso Estado”, disse Peixoto em entrevista exclusiva.
 
O secretário explicou que, a princípio, dois convênios serão executados em Goiás. Um deles decorre de estudo elaborado por um goiano que estuda em Harvard, que utilizou os dados da economia goiana na concepção do método. “É um diagnóstico que se faz da economia de um Estado ou país a partir das suas exportações para se chegar à leitura de quais novas indústrias e o que de mais potencial pode ser levado para o Estado”, disse Peixoto.
 
O outro convênio está sendo firmado com a Council on International and Public Affairs (CIPA), escola voltada a políticas públicas, que trará, já no mês de junho, um grupo de estudantes para intercâmbio em Goiás. “Nós definimos que alguns desses alunos de Columbia irão ao Brasil para nos dar apoio. Eles estarão no governo de Goiás nos ajudando a identificar que tipo de projeto poderemos conduzir juntos”, antecipou.
 
(Secretários Thiago Peixoto/Segplan e Ana Carla Abrão/Sefaz.
Foto: João Unes/A Redação)

 
Confira a entrevista na íntegra:
 
Jornal A Redação: Qual acordo está sendo encaminhado entre o Governo de Goiás e a Universidade de Harvard?
Thiago Peixoto: É importante a gente contextualizar e entender que nosso Estado, para ser um Estado que avança ainda mais, tem que romper uma série de fronteiras. E uma das principais fronteiras é a de conhecimento. É preciso buscar conhecimento, know how, tecnologia, método onde isso é feito com mais competência. E, sem dúvida alguma, Harvard representa exatamente esse universo.
 
AR: Qual foi o resultado da visita à universidade?
Peixoto: Estivemos lá em Harvard numa conversa muito produtiva com o Centro de Desenvolvimento Econômico de Harvard, estipulando uma parceria. Eles vão nos apresentar uma série de métodos econômicos para que sejam aplicados em Goiás como estudos e, a partir daí, nos ajudar a tomar decisões. Existe um método específico, que foi desenvolvido em Harvard, pelo renomado professor Ricardo Hausmann, que é o da complexidade econômica. É um diagnóstico que se faz da economia de um Estado ou país a partir das suas exportações para se chegar à leitura de quais novas indústrias e o que de mais potencial pode ser levado para o Estado. Esse estudo foi feito por um goiano que estuda em Harvard, que aplicou esse método usando os dados da economia de Goiás. A partir daí saiu um diagnóstico da nossa economia e uma série de sugestões de indústrias que têm potencial para irem para Goiás. Esse é um estudo, mas outras técnicas e métodos podem ser utilizados.
 
AR: Como seria a implantação desse método?
Peixoto: A ideia é celebrar um convênio com esse departamento específico de Harvard para que eles possam fazer estudos sobre a economia do nosso Estado. Esses estudos vão servir como diagnóstico para prováveis decisões que vamos tomar. Nós temos uma meta nacional, que é ser o Estado mais competitivo do Brasil. E para fazer isso nós vamos ter que romper as fronteiras. Então, é um convênio que será feito entre esse departamento e o Estado para ferramentas que já são aplicadas em outros lugares serem aplicadas em Goiás, visando o desenvolvimento econômico e social.
 
AR: Quais os próximos passos e quando esse convênio deve se concretizar?
Peixoto: Essa foi a primeira conversa e os dois lados manifestaram interesse. Então, a partir de agora nós vamos buscar os caminhos para viabilizar o projeto. Como são estudos, vamos buscar a viabilidade de serem financiados pela Fapeg ou então pelo setor privado do nosso Estado, já que estamos falando de desenvolvimento econômico, atração de indústrias. Vamos descobrir agora qual é o modelo ideal para se formatar esse convênio. Mas é importante dizer que a decisão política já foi tomada. Agora, estamos vendo como isso será feito formalmente.
 
AR: Com relação à Universidade Columbia. O que ficou acertado?
Peixoto: Existe uma escola em Columbia, a Council on International and Public Affairs (CIPA), que tem um foco grande em políticas públicas. E a CIPA acabou de montar uma escola no Brasil, no Rio de Janeiro. Então, eles já estão em busca de parceiros no país para que estudos possam ser feitos. Nós conversamos com eles no Rio de Janeiro e aprofundamos a conversa aqui com alguns professores para começar a identificar que tipo de projetos desenvolvidos pela CIPA podem ser aplicados em Goiás. Agora, vamos apresentar a agenda de produtividade. Uma primeira ação já vai acontecer no próximo mês, durante o verão americano, que dura três meses. A CIPA tem um curso de mestrado e alguns alunos farão estágio fora dos Estados Unidos neste período. Nós definimos que alguns desses alunos de Columbia irão ao Brasil para nos dar apoio. Eles estarão no governo de Goiás nos ajudando a identificar que tipo de projeto poderemos conduzir juntos. Todos os projetos terão foco no desenvolvimento econômico e competitividade.
 
AR: São acordos complementares?
Peixoto: São complementares. Em Harvard, esse convênio será feito com a Kennedy School e que vai ter uma linha de estudo e método. Na CIPA, em Columbia, serão outros tipos de estudos. Mas mais do que isso, o importante é que estamos abrindo as portas para que o que há de mais avançado em conhecimento e tecnologia possa chegar ao nosso Estado.
 
AR: Qual o impacto desses convênios para Goiás?
Peixoto: Entendo que durante muito tempo, no Brasil, o planejamento público foi feito com base em intuições. Agora, existe um novo momento, onde as decisões devem ser tomadas com base em dados. Então, é muito importante ter métodos específicos para analisar políticas públicas e dados para se tomar decisões. Eu diria que isso é o que há de mais moderno no mundo e está sendo levado ao nosso Estado tanto para planejamento, quando executar políticas públicas.
 
AR: Você retorna ao Brasil com a sensação de que está avançando a profissionalização do planejamento?
Peixoto: É muito bom quando a gente toma um rumo, como o governo tomou, como o governador tomou, como a Segplan tomou, e a gente percebe que isso tem sintonia quando a pauta prioritária em Goiás é também pauta prioritária no centro do mundo.
 
AR: Quando Goiás deve começar a colher os frutos destes convênios?
Peixoto: Nós estamos no momento de contratação, de pacto desses convênios. A partir do próximo ano eles estarão sendo implementados no Estado. Eu diria que, em meados do segundo semestre deste ano e do início do próximo ano, nós teremos marcas muito fortes das políticas públicas mais eficientes do mundo acontecendo também em Goiás.
 

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